Trinta novos candidatos a Património Mundial em cima da mesa da UNESCO

A Citadela de Erbil, o Delta do Okavango e o Caminho Inca são alguns dos bens em vias de classificação. O Comité está reunido até ao próximo dia 25, no Qatar, e pode colocar o Palácio de Westminster na lista de sítios em perigo.

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A Citadela de Erbil, no Curdistão iraquiano, é habitada ininterruptamente há oito mil anos NUNO FERREIRA SANTOS
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As grutas paleolíticas de Pont D'Arc, em França JEFF PACHOUD/AFP
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O Delta do Okavango, no Botswana, é uma das Sete Maravilhas Naturais do continente africano DR
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O Caminho Inca tem uma extensão de mais de 20 mil quilómetros, cruzando os Andes ENRIQUE CASTRO-MENDIVIL/REUTERS

Da lista que ao longo dos próximos dias será submetida à aprovação do comité constam ainda a paisagem vitícola do Piemonte italiano, as grutas paleolíticas de Pont d'Arc, em França, as regiões vitícolas de Monferrato e de Langhe-Roero, no Piemonte italiano, e a paisagem cultural de Batir, terra de oliveiras e vinhas a Sul de Jerusalém que a Autoridade Palestiniana diz estar "ameaçada" pelo avanço do muro que separa Israel da Palestina.

Até hoje, a UNESCO já classificou 981 sítios (distribuídos por 160 países): 759 bens culturais, 193 bens naturais e 29 bens mistos, todos considerados de "extraordinário valor universal". Portugal, que tem 15 sítios inscritos na lista (entre os quais a Arte Rupestre do Vale do Côa, o Mosteiro de Alcobaça e o Centro Histórico de Évora), integra desde Novembro do ano passado o Comité do Património Mundial, tendo por isso uma palavra a dizer nas decisões que serão tomadas até ao dia 25.

A 38.ª sessão do Comité poderá ainda decidir colocar o Palácio de Westminster, sede do Parlamento britânico, na lista dos sítios em perigo. O relatório preliminar elaborado pelos peritos do comité considera que o projecto de adaptação da vizinha Elizabeth House "constitui uma ameaça potencial ao valor universal do bem". Também a Austrália verá discutidos dois dos seus sítios classificados: no caso da Grande Barreira de Coral, o comité parece disposto a reconhecer "os progressos conseguidos" na melhoria da qualidade da água, mas a pretensão anunciada pelo Governo australiano de retirar da protecção da UNESCO uma parte da Floresta da Tasmânia não deverá ser atendida.

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