Seguro quer prioridade para “combate à pobreza”

O líder do PS voltou a falar da sua proposta para resolver o problema dos sem-abrigo: “Não é demagogia. É um imperativo civilizacional.”

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Miguel Madeira

No Instituto Politécnico de Leiria, onde encerrou a sessão dedicada ao “Poder Local”, enquadrada na “Convenção Novo Rumo”, o secretário-geral do PS defendeu que os últimos dados, conhecidos na semana passada, sobre a pobreza em Portugal são “chocantes”. “Isto não pode ficar apenas por um lamento. Um país que não coloca o combate à pobreza no centro das suas prioridades não está à altura do seu povo”, concluiu.

Falando para uma plateia de autarcas socialistas, António José Seguro pediu-lhes “ajuda” para uma nova agenda que assuma a importância do combate às desigualdades. Afirmando que há “dois países completamente diferentes, o líder socialista criticou o Governo “que só tem uma agenda, empobrecer o país” . Contrapondo “o país que nós não queremos”, o dos “baixos salários”, a uma política inclusiva, o líder socialista retomou a sua proposta de criar condições para que os sem-abrigo, cerca de “quatro mil”, possam ter alternativa a “dormir na rua”. “Só quem nunca falou com um sem-abrigo é que pode ser contra esta medida”, disse. “Não é demagogia”, repetiu, “é um imperativo civilizacional”. “É para isso que vale a pena estar na política”, rematou.

No final da sua intervenção, o secretário-geral socialista retomou as críticas a Passos Coelho, a propósito do salário mínimo. Seguro desafiou Passos a levar uma proposta concreta de aumento do salário mínimo à próxima reunião da Concertação Social (ver texto ao lado). “Só o primeiro-ministro tem estado de fora deste consenso na sociedade. O que é que o fez mudar de ideias? Terá sido a proximidade das eleições?” No entanto, o líder socialista desvalorizou as palavras de Passos: “Com este primeiro-ministro todo o cuidado é pouco… Não é aceitável ter um primeiro-ministro que passa a vida a enganar os portugueses.”

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