No 20.º duelo e primeiro desde a histórica vitória de Andy Murray sobre Novak Djokovic na final de Wimbledon, os dois rivais reencontraram-se nos quartos-de-final do Sony Open Tennis. E foi Djokovic a obter a 12.ª vitória sobre o escocês, num encontro que ficou marcado por um ponto polémico, que acabaria por custar a Murray o primeiro set.

O número seis do ranking teve uma oportunidade de quebrar o serviço do sérvio, a 5-5, depois de Djokovic cometer duas duplas-faltas consecutivas. Mas seria Murray a ceder depois de perder o primeiro ponto, no seu jogo de serviço: Djokovic bateu a bola do lado do court do adversário, o que é considerado falta, mas o árbitro assim não entendeu e o escocês desconcentrou-se totalmente, para entregar o jogo (e o set) em branco. No final, Djokovic admitiu o erro, embora mostrando igualmente desconhecer a regra: "Penso que atravessei a rede mas não lhe toquei."

Apesar de nunca ter derrotado rival depois de ceder o set inicial, Murray reagiu bem e depois de selar o 2-2 com um passing magistral, realizou um jogo de resposta imaculado para obter o primeiro break do encontro, para 3-2.

Só que o serviço traiu-o e, com duas dupla-faltas, permitiu a igualdade. A partir daí, Djokovic tomou o ascendente e com mais um break, em branco, serviu a 5-3, para terminar o encontro numa série de 12 pontos ganhos.

Com esta derrota, Murray não consegue defender os pontos pela vitória em Miami em 2013 e vai cair para o oitavo lugar do ranking, o seu pior desde 2008. "Para ser realista, não estou muito longe de onde quero estar", revelou Murray, após a sua melhor exibição este ano e após o regresso da lesão nas costas.

Nas meias-finais, Djokovic defronta o vencedor do embate entre Roger Federer e Kei Nishikori, agendado para mais tarde. Hoje, os outros dois quartos-de-final opõem Rafael Nadal a Milos Raonic e Tomas Berdych a Aleksandr Dolgopolov.

No torneio feminino, Dominika Cibulkova está pela primeira vez nas meias-finais do Sony Open Tennis. Mas a eslovaca teve uma outra razão para celebrar a vitória sobre Agnieszka Radwanska, por 3-6, 7-6 (7/5) e 6-3: vai estrear-se no top 10, confirmando a excelente época que começou com a presença na final do Open da Austrália.

O encontro foi marcado por 19 breaks, dez dos quais nos primeiros 11 jogos!

Radwanska foi a primeira a assegurar o serviço para garantir o primeiro set. No segundo, a polaca continuou mais acutilante, mas a garra de Cibulkova salvou três match-points, a 4-5. O primeiro parecia ser um winner de Radwanska, mas o Hawk-Eye confirmou a bola fora por dois centímetros. No tie-break, a raça de Cibulkova veio novamente ao de cima, recuperando de 2/5 para ganhar a partida.

Antes do terceiro set, Radwanska recebeu assistência à mão direita, devido a uma bolha, e regressou com mais uma ligadura, a juntar às que tinha no ombro e joelho. E Cibulkova foi mais forte para vencer ao fim de duas horas e 40 minutos, apesar das oito duplas-faltas e 51 erros não forçados.

No outro quarto-de-final da parte inferior do quadro, entre Li Na e Caroline Wozniacki, sairá a adversária de Cibulkova.