Pela primeira vez Leonardo Jardim gritou vitória frente ao FC Porto

Golo solitário de Slimani deixou os “leões” mais isolados no segundo lugar e mais perto da Liga dos Campeões. FC Porto acabou por perder Quaresma, Danilo, Fernando e Helton para a próxima jornada

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Foto: Rafael Marchante/Reuters

Para o FC Porto, o resultado desta deslocação a Lisboa foi desastroso. Abandonou definitivamente a luta pelo título nacional e deixou o segundo lugar a cinco pontos de distância. Após dois resultados positivos, frente ao Arouca e ao Nápoles, Luís Castro teve o seu primeiro desaire desde que rendeu Paulo Fonseca no banco dos “dragões”. Para além da derrota, os nortenhos perderam algumas unidades importantes para a próxima jornada, em que irão receber o Belenenses: Quaresma, Danilo e Fernando, por castigo, e Helton, que sofreu uma ruptura do tendão de Aquiles direito.

Em tarde de protesto no Estádio de Alvalade contra as arbitragens, promovido pelo Movimento Basta!, acabou por ser um lance polémico a render o primeiro triunfo da era Bruno de Carvalho num jogo “grande” do futebol português. O golo de Slimani premiou a segunda parte bem conseguida dos “leões”, depois de um nulo ao intervalo bastante lisonjeiro para a equipa da casa.

O Sporting entrou mais pressionante, mas os “dragões” foram mais objectivos em termos atacantes e sempre com Quaresma em destaque. O extremo é sinónimo de qualidade e desequilíbrio e, a alinhar na esquerda, fez a vida negra a Cédric. Essencialmente na primeira metade, quando esteve envolvido em três lances de perigo até ao intervalo.

Aos 16’, passou pelo defesa direito “leonino” e cruzou na perfeição para um remate de primeira de Varela que Rui Patrício conseguiu anular. Mas, aos 29’, seria ele próprio a fabricar e concluir uma nova jogada, que a trave devolveu, após um remate arqueado que surpreendeu Patrício.

Com as equipas bem encaixadas, procurando fechar bem as linhas de passe e os acessos às suas áreas, brilharam também os pivots de cada lado, com Fernando e William Carvalho a justificarem por que razão são candidatos a um lugar na selecção de Paulo Bento. Não tiveram, no entanto, parceiros à altura no miolo.

Agressivos, os “leões” não conseguiram criar perigo junto da baliza de Helton nos 45’ iniciais, exceptuando um remate rasteiro de Slimani, aos 21’ O FC Porto fez mais para sair a vencer para o intervalo. Se Quaresma foi protagonista directo nos dois lances de grande perigo já referidos, também iniciou a jogada que Varela e Jackson não conseguiram transformar em golo, aos 44’, com o colombiano a desperdiçar.

O Sporting entrou para o segundo tempo determinado em inverter a estatística atacante. Depois de duas ameaças, na sequência de lances de bola parada, Slimani inaugurou o marcador. Um cruzamento de André Martins na direita apanhou sozinho, no segundo poste, o argelino, que cabeceou para o golo.

O drama dos portistas agudizou-se ainda mais aos 59’, quando Helton se lesionou sozinho acabando por sair de maca, obrigando Luís Castro a uma substituição imprevista. Instantes antes, o técnico já colocara em campo Quintero (58’, por troca com o apagado Carlos Eduardo) que acabou por mexer com o jogo dos “dragões” na segunda metade. Mas com Quaresma a acusar algum desgaste, a equipa portista nunca assustou muito Patrício, exceptuando um lance de Jackson, aos 77’, e Ghilas (entrado aos 78’ para o lugar de Varela), já em período de descontos. Antes, em cima dos 90’, Fernando já hipotecara as possibilidades da sua equipa, ao ser expulso após empurrão a Montero com a partida interrompida.

O triunfo já não fugiu aos “leões”, que alcançaram a 12.ª vitória no campeonato num clássico com o FC Porto da era Pinto da Costa, diminuindo provisoriamente para quatro pontos a desvantagem para o Benfica.

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