Um português e um espanhol são os dois mortos confirmados do naufrágio nas Astúrias

Um segundo português seguia na embarcação. No pesqueiro, estavam também cinco espanhóis e dois indonésios. Cinco pessoas continuam desaparecidas.

Operações de busca continuam nesta segunda-feira de manhã
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Operações de busca continuam nesta segunda-feira de manhã Daniel Rocha/Arquivo
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Um dos dois corpos hoje recuperados no naufrágio do pesqueiro português Santa Ana, próximo de Cabo Peñas (Astúrias), é de um português, que era mestre. O outro português que seguia a bordo, o contramestre, continua desaparecido.

Uma fonte da empresa armadora Pescas Balaya adiantou que outro corpo pertence a um dos cinco tripulantes espanhóis, que foi resgatado. Segundo esta fonte, as equipas de busca e salvamento no local estavam ao fim da manhã a tentar chegar perto do navio, devendo ser destacados mergulhadores para apurar se os tripulantes, que ainda continuam desaparecidos, estão dentro da embarcação. A tripulação de nove elementos era formada por dois portugueses, cinco espanhóis e dois indonésios.

Um espanhol, Manuel Simal Sande, de 50 anos, capitão da embarcação, foi resgatado com vida por um outro navio pesqueiro e está hospitalizado, em observação em San Agustin, Avilés.

Os dois corpos resgatados foram transportados para terra pelo navio Salvamar Rigel, do Salvamento Marítimo espanhol, que chegou a Avilés cerca das 11h10, hora local (10h10 em Portugal).

Na embarcação, seguiam nove pessoas – dois portugueses, dois indonésios e cinco espanhóis. Um espanhol foi resgatado com vida às 5h58 por outro navio pesqueiro que se encontrava na zona. Segundo o El Mundo, trata-se do patrão do barco, com 50 anos, natural da Galiza.

Ainda de acordo com o jornal espanhol, a embarcação tinha saído às quatro da manhã do porto de Avilés, no Norte das Astúrias, para a pesca de cavala. O pesqueiro encalhou na ilha de Erbosa, a meia milha de Cabo Peñas, e está semiafundado pela zona da popa. Armando Soares, representante da empresa armadora Pescas Balayo em Portugal, que explora o navio, disse à Lusa que o naufrágio pode ter sido causado por um baixio. Foi um baixio perto do porto, um monte no fundo do mar que o barco passou. Alguém não se apercebeu onde estava e o barco, como ia em navegação, meteu-se na pedra, rasgou o fundo e afundou-se imediatamente, afirmou Armando Soares.

Segundo este representante, o armador espanhol José Balayo tem mais dois navios portugueses.

Segundo a nota do Salvamento Marítimo, às 5h30 (4h30 em Lisboa), o pesqueiro Ciudad de Albufeira contactou o Centro de Coordenação de Salvamento, situado em Gijón, para alertar sobre o possível naufrágio do Santa Ana, com o qual deixou de conseguir estabelecer contacto. Foi imediatamente accionada a embarcação de intervenção rápida Salvamar Rigel e o helicóptero Helimer 203.

Cerca de meia hora depois, o pesqueiro Maresco informou que resgatou um tripulante e que seguia a caminho da localidade costeira de Luanco, onde o homem foi assistido por uma equipa médica e depois transportado para o Hospital de Avilés, com sintomas de hipotermia e politraumatismos.

Para apoiar as buscas, foram accionados também um helicóptero dos bombeiros das Astúrias, uma embarcação da Cruz Vermelha espanhola, duas patrulhas da Guardia Civil e uma equipa de mergulhadores da base estratégica de Fene.

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