É vê-la de braços ao alto. A ponte móvel de Leixões está de novo parada, e interdita a peões e a veículos automóveis. Tal como admitia em Outubro passado, a APDL percebeu que seria melhor mudar as três peças, genericamente designadas rótulas, essenciais para o movimento de elevação da travessia, para passagem dos navios, depois de uma das quatro articulações ter avariado.

Da primeira vez, a APDL foi apanhada desprevenida. A peça que avariou não era fabricada em série, e o próprio processo de substituição obrigou a estudos aturados, para evitar danos na ponte. Por isso, a interrupção que começou a 23 de Outubro só terminou a 8 de Dezembro, com prejuízo imenso para a mobilidade entre Matosinhos e Leça.

A administração do Porto organizou, como agora, uma carreira de autocarro entre as duas margens, passando pela ponte inferior à A28, de serventia ao porto. Mas, acima desta, a auto-estrada, a única alternativa para quem circulasse de carro entre as duas cidades, esteve em obras nesse mesmo período.

Sem obras na A28, com um plano de trabalhos bem definido, e com as peças já prontas, a APDL espera não prolongar a actual interrupção por mais de uma semana, “salvo se as condições meteorológicas não o permitirem”. Por isso, lá para terça-feira, os braços da ponte devem voltar a baixar. E o risco de avaria, espera-se, deve passar a ser bem menor.