"Saúde militar é um instrumento indispensável", diz Cavaco Silva

O Presidente da República considerou que é preciso dar especial atenção aos problemas concretos dos militares.

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É em situações de "grande constrangimento que as dificuldades se fazem sentir de forma mais directa e intensa", reconheceu Cavaco Silva esta sexta-feira na cerimónia de tomada de posse do novo Chefe do Estado Maior General das Forças Armadas. Nesse sentido, defende que a operacionalização do Hospital das Forças Armadas deve ser "concluída com sucesso".

O Presidente da República advertiu que a preservação da capacidade operacional das Forças Armadas, com recursos materiais e humanos adequados, deve merecer especial atenção e apontou a Saúde Militar como "instrumento indispensável do Sistema de Forças Nacional, para assegurar a sua operacionalidade, aumentar a confiança, a moral, o rendimento, a auto-estima e o bem-estar das tropas”, afirmou Aníbal Cavaco Silva.

Cavaco Silva disse em seguida ser "necessário que o processo de instalação e funcionamento do Hospital das Forças Armadas seja concluído com sucesso", frisando que nas situações de "grande constrangimento, é sobre as pessoas que as dificuldades se fazem sentir de forma mais directa e intensa".

O Presidente da República considerou ainda ser importante que a "acção de comando seja centrada nas pessoas, dando especial atenção aos problemas concretos dos militares", cujas expectativas considerou legítimas.

Cavaco Silva, que é Comandante Supremo das Forças Armadas, discursava após ter dado posse ao novo Chefe do Estado Maior General das Forças Armadas, Pina Monteiro, no Palácio de Belém.

"Os Fundamentos das Forças Armadas não se alteram por meras crises conjunturais"
O novo Chefe do Estado Maior General das Forças Armadas (CEMGFA) Pina Monteiro, também reconheceu que, apesar dos constrangimentos financeiros, importa garantir condições para que não sejam ultrapassados os riscos críticos na operacionalidade dos ramos.

"Ciente que no curto prazo o Estado não poderá ter condições para disponibilizar recursos significativos para investimento nas Forças Armadas, importa garantir condições para que não sejam ultrapassados riscos críticos na operação dos sistemas de armas dos três ramos das Forças Armadas", afirmou.

O general Artur Neves Pina Monteiro assinalou que é "justamente reconhecido pela Constituição que os fundamentos das Forças Armadas não se alteram por meras crise conjunturais por mais sérias que estas sejam".

"O que tem estado em mutação é o ambiente estratégico que nos envolve (...) associado a uma conjuntura de grave crise financeira e económica", sublinhou, acrescentando que os militares "não ficaram imunes aos constrangimentos que esta conjuntura tem colocado ao país".

O general  disse que "é exigida flexibilidade de respostas e preservação das condições adequadas ao crescimento das capacidades militares", considerando prioritário "orientar o esforço para a formação e treino".

O novo CEMGFA defendeu a necessidade de "salvaguardar direitos e deveres que resultam da condição militar", sublinhando que as "Forças Armadas têm sido um exemplo para o país".

Sobre a saúde militar, Pina Monteiro concordou com o PR. "Será inequivocamente um esforço prioritário" a "consolidação do Hospital das Forças Armadas, disse, sublinhando dois compromissos – a manutenção de um "relacionamento franco e leal com a tutela política", bem como a promoção de “níveis de coesão, unidade e disciplina". 

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