Gael Monfils revelou-se demasiado forte para João Sousa na segunda eliminatória do Open Sud de France, torneio ATP 250 que decorre em Montpellier. Depois de, na véspera, eliminar o alemão Tobias Kamke (89.º no ranking mundial), por 3-6, 6-1 e 6-4, o melhor tenista português no ranking mundial não conseguiu manter de forma consistente o mesmo nível elevado exibido pelo adversário durante os 64 minutos do encontro. Mas Sousa (50.º) sai de França confiante e com 20 pontos que lhe garantem a permanência no top 50.

Monfils (30.º) só perdeu 15 pontos nos nove jogos de serviço e não enfrentou qualquer break-point, para vencer, com os parciais de 6-3, 6-2. “O Monfils é um excelente jogador e hoje esteve impecável no capítulo do serviço, foi, realmente, superior a mim. Fiz tudo o que estava ao meu alcance para dar a volta ao encontro, mas ele esteve muito bem em alguns momentos decisivos”, afirmou Sousa.

Monfils, vencedor do torneio em 2010 e finalista em 2005 e 2012, só perdeu dois encontros esta época, ambos diante de Rafael Nadal – na final do Open do Qatar e na terceira ronda do Open da Austrália – e confirmou estar em grande forma.

“A meu ver foi um dos melhores encontros do João nesta temporada, mas encontrámos um adversário a jogar a um grande nível. Posso mesmo dizer muito perto do seu melhor, nível top 10. Faltou-nos algum acerto na parte da finalização dos pontos nos primeiros jogos do encontro. Isto poderia ter posto em dúvida o Gael, mas tal não aconteceu e o Gael sentiu-se sempre muito cómodo e contra este tipo de jogadores isso é determinante. Faltou-nos também algum acerto no capítulo do serviço para poder ter algum descanso depois das largas trocas de bolas que se registaram muitas vezes”, explicou o seu treinador, Frederico Marques.

Sousa viaja agora para a Argentina, para competir na próxima semana em Buenos Aires (ATP 250), antes do Rio de Janeiro (500) e Acapulco (500). “Vou agora preparar a temporada de terra de dois torneios da melhor maneira e estou contente porque já me sinto muito melhor a jogar”, frisou Sousa.

Em Budapeste, Portugal falhou a hipótese de tentar a subida ao Grupo Mundial II ao perder com a Bielorrússia. Olga Govortsova (98.ª) e Aliaksandra Sasnovich (151.ª) revelaram-se demasiado fortes para as tenistas portuguesas, ao derrotarem, respectivamente, Michelle Brito (125.ª), por 6-1, 6-3, e Maria João Koehler (204.ª), por 6-3, 6-4. Ambas acusaram falta de ritmo e Koehler até sofreu uma rotura abdominal durante o último encontro. No par, as bielorrussas Kremen e Shymanovich selaram o resultado em 3-0, ao baterem Michelle e Bárbara Luz, por 6-1, 6-0.

"Jogámos contra a equipa que, na minha opinião, era a mais complicada do grupo. Mesmo sem a [Victoria] Azarenka, esta é uma selecção muito equilibrada e com excelentes jogadoras. Acabámos por pagar a factura do esforço e dureza dos encontros do primeiro dia", referiu André Lopes, recordando a vitória (2-1) da véspera sobre a Bulgária. Hoje, Portugal encerra a fase de grupos defrontando a Turquia, já com a certeza de se manter no Grupo I

No Algarve, Frederico Gil, que esta semana regressou à competição após uma paragem de oito meses, viu o seu segundo encontro no future de Vale do Lobo cancelado devido à chuva. Frederico Silva está também na segunda ronda enquanto João Domingues passou aos quartos-de-final por desistência do adversário.