O presidente da Estradas de Portugal assinou nesta quinta-feira o contrato da empreitada para a reabilitação da ponte metálica de Abrantes sobre o Tejo, obra orçada em 2,9 milhões de euros e com um prazo de execução de 18 meses.

António Ramalho disse à agência Lusa que esta intervenção surge em antecipação à previsível degradação da infra-estrutura, actualmente classificada como estando em estado de conservação (EC) de nível 3 (sendo o nível 5 o pior). "Fazemos a intervenção por antecipação (...) sabíamos que inevitavelmente ela passaria, num prazo de alguns anos, para EC4", disse o presidente do conselho de administração da Estradas de Portugal (EP), sublinhando que apenas 3% das perto de 5.000 obras de arte sob monitorização da empresa se encontram classificadas nos níveis 4 e 5 (0,24% neste nível).

Durante a intervenção na ponte que liga Rossio-ao-Sul-do-Tejo a Abrantes, com uma extensão de 368 metros, será interditada a circulação a veículos pesados, ficando em serviço apenas uma via para veículos ligeiros. Em comunicado, a EP afirma que a intervenção visa a melhoria das condições de segurança e o conforto dos utilizadores desta ligação sobre o rio Tejo.

No âmbito da empreitada serão realizados trabalhos de fundação e reforço dos pilares, reparação e protecção da estrutura metálica e das zonas de betão armado, repavimentação e impermeabilização do tabuleiro, beneficiação do sistema de drenagem, colocação de guardas de segurança e juntas de dilatação, reparação do sistema eléctrico e substituição de todos os elementos danificados bem como a limpeza geral da ponte.

A empreitada foi adjudicada à empresa Domingo da Silva Teixeira, S.A., por cerca de 2,9 milhões de euros e tem um prazo de execução de 18 meses. O projecto foi aprovado pelo executivo da Câmara de Abrantes no dia 18 Março de 2013 e contempla alguns aspectos que poderão influenciar o quotidiano da comunidade e dos utilizadores habituais daquela ponte. A interdição de circulação de pesados vai durar cerca de 450 dias, e os veículos ligeiros circularão alternadamente em cada um dos sentidos, conforme a indicação dos semáforos.

Durante dois a três meses haverá uma interdição total da travessia no período nocturno, entres 22h e as 06h, sendo os automobilistas obrigados a seguir por percursos alternativos. O tráfego de ambulâncias terá a passagem assegurada 24 horas por dia, em situação de emergência, e os veículos de transportes públicos de passageiros até 20 toneladas terão também a passagem garantida, com excepção do período de corte total do trânsito. A circulação dos peões será sempre permitida por um dos passeios.

No decorrer das obras será necessário a desinsuflação do açude construído no rio, num período estimado entre seis a oito meses que abrangeá os meses de Verão. Quanto à iluminação, toda a instalação actualmente existente será substituída e serão disponibilizadas soluções que visem a sua eficiência energética. A pintura da ponte está também prevista.