O Rio Ave provocou ao Sporting as primeiras dores de crescimento

“Leões” cedem empate em casa depois de terem estado a ganhar. Fredy Montero ficou em branco pela primeira vez. Carlos Xistra deixou por marcar um penálti a favor da equipa da casa.

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O Sporting-Rio Ave terminou empatado Francisco Leong/AFP

Na última época, o Sporting teve muitas “bestas negras”, mas nenhuma foi tão negra e impiedosa como o Rio Ave, que venceu os três encontros entre as duas equipas. Neste sábado, os vila-condenses voltaram a cumprir esse papel, ao arrancarem um empate (1-1) em Alvalade frente a uma jovem equipa “leonina”, que tem muitos méritos mas que ainda possui os defeitos da sua própria inexperiência. Mesmo depois de estarem a perder, os visitantes nunca se desuniram e acabaram por justificar a divisão de pontos num jogo em que o Sporting tem razões de queixa da arbitragem de Carlos Xistra.

Leonardo Jardim apostou no mesmo “onze” que há uma semana derrotara o Olhanense em Faro, um “onze” que, com alterações pontuais, está estabilizado desde o início da época e com bons resultados. Em jogo estava a liderança provisória do campeonato, dependendo sempre do que o FC Porto fizesse hoje no terreno do Estoril. Mas o moral e confiança estavam em alta e os adeptos foram na onda. Do outro lado estava uma equipa que tinha sido uma das boas surpresas da última época, que prometia não ser apenas mais um figurante na festa “leonina”.

Os primeiros sinais de perigo pertenceram à equipa da casa, sempre pelos flancos. Jefferson pela esquerda e Wilson Eduardo pela direita eram uma fonte constante de problemas para a defensiva contrária, mas as ocasiões de golo foram escassas e a baliza de Salin nunca esteve verdadeiramente em perigo.

Aos 25’, o guarda-redes francês do Rio Ave deu uma preciosa ajuda aos avançados do Sporting. Uma saída defeituosa colocou a bola nos pés de Wilson Eduardo e o jovem extremo “leonino”, de ângulo difícil, faz o 1-0. Era uma vantagem que se aceitava, mas o Sporting, em vez de construir sobre esta vantagem, acomodou-se e permitiu a reacção do Rio Ave, que fez aquilo que lhe competia e terminou a primeira parte em alta.

Depois de ter sofrido uma contrariedade com a saída de Capel por lesão (entrou Carrillo), o Sporting entrou para a segunda parte com o mesmo espírito dos primeiros minutos, e não andou longe do golo. Mas esta atitude durou pouco. O meio-campo foi uma máquina perra (William Carvalho, em particular, esteve muito abaixo do habitual) e o Rio Ave foi impondo a sua maior experiência. Aos 50’, um erro de Dier ia dando o golo a Hassan, que rematou por cima, e, aos 72’, surgiu o empate, num cabeceamento de Tarantini.

Três minutos depois, aconteceu o caso do jogo. Dentro da sua área, Marcelo desviou com o braço um remate de Adrien, ficando um penálti por marcar. Eram demasiadas contrariedades para os jovens “leões”, que nem sequer puderam contar com os habituais golos de Fredy Montero, em branco pela primeira vez.

Este Sporting feito da sua formação está a crescer e não tem nada a ver com o do ano passado, mas não lhe peçam é que cresça demasiado depressa.

Notícia actualizada às 14h23 de 22/09/2013, rectificando a apreciação a Salin no Positivo/Negativo

 
 

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