Ribau Esteves (PSD) propõe reestruturação da Câmara de Aveiro envolvendo funcionários

Candidato diz que o munícipio tem “funcionários a mais” em algumas áreas e “outras em que faltam” e que os serviços têm que crescer em produtividade e agilidade processual.

O candidato da coligação PSD/CDS-PP/PPM à Câmara de Aveiro, Ribau Esteves, quer ajustar o funcionamento da autarquia à receita, “sem o pressuposto de mexer nos impostos” e com fundos comunitários para o investimento.

O combate à despesa, através de uma reestruturação envolvendo os funcionários, foi uma das medidas defendidas esta quinta-feira pelo candidato da Aliança com Aveiro, após a visita aos serviços do município, “num gesto de respeito e consideração” pelos que trabalham na autarquia.

“A necessidade da reestruturação organizacional e planificação financeira está para nós muito clara, mas é para ser tratada em primeiro lugar dentro da casa, com os dirigentes e os funcionários”, disse.

O candidato salientou que “o tempo em que foi preciso muita gente para as obras municipais e particulares é um tempo que já não existe e não volta” e “hoje há áreas com importância crescente”, como a Educação e a Acção Social.

“A nossa política é gerir bem. Esta câmara, em relação aos rácios de orçamento e de habitantes, tem funcionários a mais, mas há áreas em que sobram e outras em que faltam. Tem de ser ajustada à receita e às tarefas e os serviços precisam de crescer em produtividade e agilidade processual, o que tem muito a ver com o modelo organizativo”, comentou.

Quanto ao espaço físico, considerou que as instalações da antiga fábrica Jerónimo Pereira Campos “têm dignidade”, mas o município “tem de valorizar a sua sede e dar-lhe vida”, pelo que o poder político da autarquia deverá regressar aos paços do concelho, “tendo uma gestão integral dos vários serviços”.

Questionado sobre a taxa de IMI que vai aplicar no caso de ser eleito, Ribau Esteves disse “não ter como pressuposto de partida mexer no sistema actual de taxas e impostos” do município. Deixou, no entanto, uma forte crítica ao executivo de Élio Maia, da coligação PSD/CDS, pela decisão “única no país, anómala e patológica”, de aprovar, “em vésperas de eleições, um plano fiscal” para o mandato seguinte.

Para Ribau Esteves, “antes da abordagem à dimensão das taxas e impostos, tem de haver um trabalho muito forte de combate à despesa que seja dispensável”, com a extinção das empresas municipais “o mais rapidamente possível”, e de procura de receitas em fontes externas.

“Um dos erros graves dos últimos anos foi estar muito preocupado com a receita, em vez de cuidar da despesa e do investimento. Temos uma câmara que está no grupo dos últimos, dos 100 municípios da Região Centro, em conquista de fundos comunitários”, criticou.

Além de Ribau Esteves, candidatam-se à Câmara de Aveiro nas eleições de 29 de Setembro NÉlson Peralta (BE), Miguel Viegas (CDU), Luís Rebocho (PCTP/MRPP), Vítor Ramalho (PNR), Eduardo Feio (PS) e Élio Maia (Juntos por Aveiro).

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