Alvalade celebrou frente ao Arouca o dia de todos os reforços

O Sporting venceu o estreante na I Liga por 5-1, depois de ter estado a perder na primeira parte. Freddy Montero fez um hat-trick.

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Montero fez um hat-trick e um terceiro golo de belo efeito Patrícia de Melo Moreira/AFP

Quando Bruno Amaro, com um remate tão cirúrgico quanto espontâneo, apontou o primeiro golo do Arouca na história da I Liga, aos 19’, as bancadas de Alvalade não se inquietaram tanto como na época passada. A julgar pelo andamento do jogo, parecia ser um revés transitório. E foi justamente aí, na capacidade de vencer as adversidades, que o Sporting começou este domingo a marcar as diferenças face à versão de 2012-13. Com uma reviravolta completa, assinou a primeira goleada do campeonato (5-1) e lançou as bases para um novo ídolo entre os adeptos.

Fredy Montero fez questão de guardar a bola de jogo como recordação quando recolheu aos balneários e percebe-se porquê. Foi com ela que cumpriu uma estreia auspiciosa na Europa, com um hat-trick que tão cedo não deverá esquecer. Ainda assim, foi outro dos reforços a iniciar a recuperação no marcador, aos 30’: canto de Jefferson, desvio de cabeça de Maurício, aproveitando uma má saída de Stefanovic.

O golo do central brasileiro teve o condão de iluminar o caminho para a baliza do Arouca. E a partir de então — com excepção de um bom remate de Roberto a que Rui Patrício respondeu com classe, no arranque da segunda parte —, só deu Sporting. Com William Carvalho muito lúcido e pragmático na primeira fase de construção e um futebol esclarecido pelas alas, os “leões” foram empilhando oportunidades de golo. Aos 38’, o primeiro momento Montero: cruzamento de Wilson Eduardo, desvio com a coxa direita. 2-1 no final da primeira parte.

Já com André Martins no lugar de Gerson Magrão, no lado esquerdo do triângulo do meio-campo, o Sporting foi circulando a bola com à vontade e voltou a aproveitar o corredor direito para fazer estragos: cruzamento perfeito de Carrillo, golpe de cabeça eficaz de Wilson Eduardo (66’), outro dos “reforços” para 2013-14 em bom plano, regressado do empréstimo à Académica.

Pouco depois, o extremo peruano dava lugar a um dos meninos queridos dos adeptos leonino: Diego Capel entrou, cruzou com precisão e Montero, de cabeça, no meio dos centrais, desviou com classe para a baliza (70’). Foi o segundo momento alto do colombiano, mas não tão alto como o terceiro, que contou com os mesmos intervenientes. Capel a servir e Montero a concluir, na sequência de um lance magistral, que envolveu um domínio perfeito, um vólei com a coxa sobre o central e um remate de primeira, de pé esquerdo, para fechar o resultado (86’).

Era a cereja no topo do bolo e o último capítulo de uma lição de futebol das antigas, para a qual o Arouca nunca esteve preparado.
 

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