O chamamento das cagarras e a falta de más notícias não tiraram o sono a Cavaco

“Não chegaram nenhumas notícias desagradáveis de Lisboa”, disse o Presidente.

Foto
Nas Selvagens, o Presidente da República enviou carta para Lisboa Luís Filipe Catarino/Presidência da República

O Presidente da República terminou a visita às Selvagens com a subida ao íngreme planalto da ilha. E diz que quando chegar a Lisboa já tem trabalho.

O chamamento dos milhares de cagarras que toda a noite “cantaram” de forma estridente sob a Selvagem Grande não tiraram o sono a Cavaco Silva. Antes da 7h00 da manhã já estava a pé, “tranquilo, descansado e bem disposto”. Até porque os seus mensageiros não lhe transmitiam más notícias da capital.

“Foi uma noite tranquila em que não chegaram nenhumas notícias desagradáveis de Lisboa”, confessava aos jornalistas, depois de se tornar o primeiro presidente da República a dormir da ilha, como lembrou várias vezes.

A crise política esteve sempre presente nesta visita ao sub-arquipélago. “Quando chegar a Lisboa já tenho trabalho”, afirmou. E não será pouco. Por isso não podia haver melhor imagem para ligar o fim da viagem às ilhas, com o trabalho que o espera na capital que a marca final desta visita: a subida ao planalto da ilha. Cerca de 120 metros de escalada, por uma trilha de rocha pouco firme, entre escarpas com vista para um mar azul tentador.

Não são muitos metros, mas os obstáculos diversos. O pior são as inclinações que por atingem os 40 graus. Cavaco subiu sem grandes problemas. No final, após uma troca de piadas com Jardim, o Presidente acrescentou que a maior dificuldade na subida foram “os pedregulhos". Recusou, porém, analogias entre as dificuldades da subida e as que o esperam em Lisboa, onde tem aterragem prevista para as 12h30.

Repetiu apenas que não tinham chegado más notícias. Ao que conste, também não chegaram boas. Certo é que Cavaco está de volta ao olho do furacão. Para trás, ficam as aves que tanto o encantaram.

Sugerir correcção
Comentar