Passos Coelho diz que Portugal é “um mar de oportunidades”

Primeiro-ministro lembrou, de visita ao Chile, que o país é "um verdadeiro mercado de mercados" e "um elo privilegiado entre continentes, regiões e países".

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"Portugal é um dos poucos países que mantêm simultaneamente ligações políticas, comerciais, económicas, culturais e linguísticas com todas as regiões e economias emergentes do globo”, disse Passos Coelho Daniel Rocha

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, considerou este sábado que Portugal representa “um mar de oportunidades” para os mercados da América Latina e das Caraíbas, por ser uma ponte entre continentes e regiões.

Numa intervenção na IV Cimeira Empresarial União Europeia/América Latina e Caraíbas (UE/CELAC), em Santiago do Chile, o primeiro-ministro referiu as energias renováveis, as comunicações móveis e a banda larga e a construção como alguns dos sectores que “poderão representar oportunidades apelativas e concretas para os empresários e investidores” latino-americanos e caribenhos.

“Quais são os contributos que Portugal tem para oferecer ao desenvolvimento do mercado latino-americano e das Caraíbas?”, perguntou Passos Coelho, dando a resposta em seguida: “Antes de mais, Portugal é um dos poucos países que mantêm simultaneamente ligações políticas, comerciais, económicas, culturais e linguísticas com todas as regiões e economias emergentes do globo”.

O primeiro-ministro acrescentou que Portugal está “integrado em diversas redes institucionais” que o tornam “numa ponte de ligação entre a Europa e a América Latina e Caraíbas, por um lado, e, simultaneamente, entre essas duas regiões e os continentes africano e asiático”, destacando a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).

De acordo com Passos Coelho, “dessa perspectiva, Portugal é, conjuntamente com cada um dos países dessa comunidade, um verdadeiro mercado de mercados” e “representa um mar de oportunidades e um elo privilegiado entre continentes, regiões e países diversos”.

No início do seu discurso, o primeiro-ministro mencionou que “é na América Latina e Caraíbas, tal como em África e na Ásia, que estão actualmente os países com maiores índices e maior potencial de crescimento” e defendeu que “é preciso saber retirar consequências” dessa realidade.

“Pelas múltiplas oportunidades existentes, a região é uma prioridade também do meu Governo. Aliás, desde o início do meu mandato há pouco mais de ano e meio, esta é a minha terceira deslocação à América do Sul”, afirmou.

Segundo o primeiro-ministro, “verifica-se hoje uma atenção redobrada no sentido de a Europa se abrir ao mundo e estabelecer novas parcerias económicas, comerciais e políticas”, e Portugal e Espanha contribuíram para isso.

Passos Coelho assinalou que a Europa e a América Latina “atravessam ciclos económicos muito diversos”, com a última numa “forte dinâmica de crescimento” e a primeira “empenhada em sair de um ciclo de abrandamento, em alguns casos mesmo de recessão”.

Contudo, no seu entender, esses ciclos “são em muitos aspectos complementares” e, se forem aproveitados, podem mesmo “reforçar as dinâmicas de crescimento sustentável que seja gerador de emprego dos dois lados do Atlântico”.

Pedro Passos Coelho chegou a Santiago na sexta-feira à noite e tem regresso a Lisboa previsto para o início da tarde de domingo.

O primeiro-ministro encontra-se no Chile para participar na Cimeira de chefes de Estado e de Governo da União Europeia/Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (UE/CELAC), acompanhado pelo ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas.

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