Ministro da Defesa garante que cooperação estratégica entre Portugal e EUA “está para lá” da Base das Lajes

Para Aguiar-Branco, o que é prioritário é “mitigar as consequências” da anunciada redução do dispositivo americano na base açoriana.

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O ministro da Defesa deslocou-se aos Açores para inaugurar as novas instalações do Comando da Polícia Marítima em Ponta Delgada e visitar o Comando Operacional dos Açores. Foto: Daniel Rocha

O Ministro da Defesa Nacional, José Pedro Aguiar-Branco, afirmou esta quarta-feira, nos Açores, que a cooperação estratégica entre Portugal e os Estados Unidos “está para lá” da Base das Lajes, considerando prioritário “mitigar as consequências” da redução militar.

O Ministro da Defesa Nacional deslocou-se à ilha de S. Miguel para visitar o Comando Operacional dos Açores (COA) e inaugurar as novas instalações do Comando da Polícia Marítima em Ponta Delgada.

Para Aguiar-Branco, a anunciada redução da presença militar nas Lajes não pode ser entendida como “uma desqualificação ou desgraduação da importância da relação entre Portugal e os EUA”, lembrando que estão a ser encerradas diversas bases, seguindo uma estratégia de dimensão transversal a outros locais.

O governante considerou que os esforços nacionais se devem concentrar no sentido de “mitigar as consequências de uma alteração que vai acontecer, que não é uma alteração focalizada especificamente nas Lajes, [mas antes] obedece a uma nova estratégia dos EUA que têm consequências noutros países”, salientou.

A intenção de reduzir a presença militar americana na Base das Lajes, na ilha Terceira, foi comunicada oficialmente às autoridades portuguesas em Dezembro, estando a decorrer no âmbito da Comissão Bilateral Permanente a avaliação das consequências da decisão norte-americana.

Para o presidente do Governo Regional dos Açores, Vasco Cordeiro, não está em causa a relação entre os dois países, mas sim saber como será implementada essa decisão norte-americana. “A decisão em si não afecta essa relação, mas a forma como ela for implementada e os cuidados que existirem da parte do Governo dos EUA em auxiliar-nos a lidar com o impacto social e económico dessa decisão”, disse Vasco Cordeiro, acrescentando que “esses serão os verdadeiros testes a essa relação diplomática entre os dois países”.
 
 

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