Minuto 64: Xandão e Eric Dier. Dois defesas foram à área do Moreirense marcar os golos do Sporting, fazendo o empate (2-2) que até então parecia uma miragem. Foi num minuto que a equipa "leonina" salvou um ponto, num jogo em que voltou a mostrar todos os ingredientes da má temporada: falta de agressividade, desacerto defensivo e um ataque parco em ideias. E pouco mais fez para contrariar os argumentos da equipa da casa.

Foram dois defesas a fazer os golos do Sporting, mas também tinha sido o sector mais recuado a deixar a equipa em maus lençóis durante a primeira parte. A passividade "leonina" ficou patente na forma como o Moreirense chegou à vantagem de dois golos com que foi para o intervalo.

Aos 39 minutos, Pablo Olivera voltou a marcar contra o Sporting, depois dos dois grandes golos apontados no jogo da Taça de Portugal. Quatro minutos volvidos, a formação do concelho de Guimarães ampliou a vantagem, por Ghilas.

O Moreirense chegava à vantagem, justificada pela forma como foi capaz de crescer no terreno depois de um início amedrontado. O nervosismo com que a equipa da casa entrou no jogo deu uma primeira imagem positiva do Sporting. Por duas vezes, o guarda-redes Ricardo Ribeiro bateu a bola de forma deficiente para os pés de adversários e Vinicius também perdeu uma bola aparentemente fácil para um contrário. Lances como estes intranquilizaram a equipa. Os “leões” aproveitaram para colocar pressão sobre o adversário nos primeiros minutos, rondando o golo.

A formação lisboeta teve duas boas ocasiões nessa fase do encontro. Primeiro num remate de Pranjic (6’), que saiu ao lado e, em seguida, numa tentativa de muito longe de Rojo (9’), sacudida com dificuldades pelo guarda-redes adversário. Porém, depois de um primeiro quarto de hora auspicioso, o Sporting voltou a mostrar a má cara que se tornou habitual nos tempos mais recentes.

E assim continuou nos primeiros minutos da segunda parte, quando os assobios se tornavam cada vez mais insistentes entre os adeptos afectos à equipa de Alvalade.

Depois, veio o minuto determinante e os golos. Primeiro por Xandão, de cabeça, na sequência de um pontapé de canto. Em seguida, Dier fez o empate num remate colocado.

Os sportinguistas aproveitaram da melhor forma o minuto em que estiveram em vantagem numérica, enquanto Ghilas era assistido fora do terreno. O avançado argelino da equipa de Moreira de Cónegos não voltaria ao encontro e a equipa ressentiu-se disso, ficando órfã da sua primeira referência de ataque.

O Sporting passou então pela sua melhor fase e voltou a ter um minuto decisivo: o 71.º. Novamente num curto período de tempo, podia ter virado o encontro, mas Ricardo Ribeiro, primeiro – a remate de Wolfswinkel – e o poste em seguida – disparo de Viola – negaram o golo aos visitantes.

Desde aí, só no tempo de compensação voltou a haver perigo junto das balizas, sobretudo na do Moreirense.

O Sporting ameaçou com remates de Carrillo (90’) e Rinaudo (93’), mas a bola saiu por cima da baliza em ambos os casos.