Guilherme Pinto diz-se disponível para se recandidatar à Câmara do Matosinhos

O presidente da Câmara de Matosinhos, Guilherme Pinto, anunciou hoje estar disponível para se recandidatar à autarquia em 2013, rejeitando ir a eleições primárias e estando a aguardar uma decisão do PS.

“Já declarei ao meu partido que estou disponível para ser recandidato à câmara pelo Partido Socialista”, disse Guilherme Pinto em entrevista à agência Lusa quando questionado sobre as eleições autárquicas de 2013 e a possibilidade de se recandidatar.

O presidente da autarquia rejeita, no entanto, a possibilidade de disputar eleições primárias, explicando que uma das razões pelo qual não aceita é por não querer “reeditar no PS o clima que se viveu há cerca de uma década” e que tanto “envergonhou” o partido.

“Uma outra razão é que chegou ao meu conhecimento através do presidente da federação [José Luís Carneiro] que o partido mandou fazer uma sondagem que dá que a única candidatura que o PS tem susceptível de conquistar o apreço dos cidadãos é a do actual presidente da câmara”, afirmou. Segundo Guilherme Pinto “não há razão nenhuma para interromper este projecto que está a um terço da sua concretização para dar vazão a outras vontades, que são legítimas mas que têm tempo de se expressar”.

“O partido está perante uma opção: ou quer um novo mandato vitorioso que seja uma transição para um futuro presidente da câmara que estará cá mais 12 anos, ou quer uma aventura, um que se arrisca a perder as eleições porque as pessoas não sabem esperar. É uma opção do partido”, sintetizou.

O socialista aguarda assim “com serenidade as decisões do partido”, explicando que procurou o diálogo mas que verificou “uma falta de disponibilidade geral de tempo que é surpreendente”. “Continuo aberto ao diálogo. A partir do momento em que as pessoas pareceram desinteressadas, deixo que decidam como entenderem. Já manifestei essa vontade a toda a gente. Desde o secretário-geral, ao presidente da federação, ao presidente da comissão política”, disse.

O presidente da câmara torna assim pública a sua disponibilidade para um novo mandato já que não deve “só satisfação aos responsáveis do partido” mas também à população que o elegeu. “Não faz sentido nenhum, como aconteceu nos jornais, ser despedido como presidente da câmara um ano e meio antes das eleições que foi o que aconteceu quando alguém foi aos jornais dizer: eu é que sou o candidato”, disse, numa referência à entrevista dada pelo presidente da Junta de Matosinhos e líder da concelhia do PS-Matosinhos, António Parada.

Sobre a oposição do seu antecessor, Narciso Miranda, nos últimos três anos, Guilherme Pinto disse ter “um desgosto” pelo facto de este não reconhecer “o bom trabalho” que está a fazer. “E só não o faz porque é obstinado, porque no fundo ele deve reconhecer que eu o suplantei em muitas áreas. Há outras que nem posso nem quererei. Agora, enquanto eu acho que ele foi um excelente presidente e digo-o publicamente, ele parece que lhe caem os parentes na lama se reconhecer que o seu sucessor também fez coisas muito importantes”, lamentou.

Questionado sobre aquilo que lhe falta fazer no último ano do actual mandato, Guilherme Pinto disse que “falta conseguir que os cidadãos tenham a percepção daquilo que está feito”. “Quando chegarmos ao final deste mandato eu diria que tenho quase tudo a 100%”, enfatizou.

O socialista disse ainda que está a fazer tudo o que pode “para que Matosinhos seja o concelho líder da recuperação económica da Área Metropolitana do Porto”.

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