A selecção nacional de râguebi terminou no terceiro lugar a “Competição 2” da sexta etapa do Circuito Mundial de sevens, modalidade olimpica em 2016, que se disputou em Hong Kong.

Objectivo cumprido: Portugal será uma das 15 selecções que em 2013 vai participar em todas as etapas do Circuito Mundial de sevens. A selecção nacional conquistou um lugar de equipa residente na prova ao ficar num das três primeiras posições da competição criada pela Federação Internacional de Râguebi (IRB). Depois de vencer o Zimbabué nos quartos-de-final (21-17), Portugal foi derrotado nas meias-finais pelo Canadá (14-12), mas no jogo de atribuição do terceiro lugar a formação portuguesa não deu qualquer hipótese ao Japão (33-19).

A partida frente aos africanos, nos quartos-de-final, foi dramática para Portugal. O Zimbabué entrou bem e aos três minutos colocou-se na frente com um ensaio de Gardener Nechironga (7-0). A desvantagem nacional durou pouco: um minuto depois, aproveitando uma excelente combinação com Pedro Leal, Gonçalo Foro marcou o primeiro ensaio na etapa deste ano em Hong Kong e empatou o desafio.

Portugal, porém, não estava a jogar bem e antes do intervalo, aproveitando duas falhas de placagem de jogadores portugueses, Wensley Mbanje fez novo ensaio do Zimbabué, que foi para o intervalo a vencer por 12-7.

Na pausa, o técnico Frederico Sousa pediu velocidade à equipa, mas foram os africanos que começaram melhor a segunda parte e aos 2m31s Wensley Mbanje fez o seu segundo ensaio na partida, aproveitando um erro do capitão português Frederico Oliveira. Com 10 pontos de desvantagem (17-7) e menos de quatro minutos para jogar, Portugal estava com pé e meio fora da prova. No entanto, a selecção nacional voltou a superar-se nos derradeiros minutos da partida.

A pouco mais de 60 segundos do fim, aproveitando um mau passe de um adversário, Adérito Esteves fez o segundo ensaio português e reduziu a desvantagem para três pontos (17-14). Restava apenas mais uma posse de bola para disputar e qualquer erro de um jogador português significava a eliminação.

Após o pontapé de saída para o Zimbabué, Portugal conseguiu manter a bola e seria Gonçalo Foro a marcar o ensaio que garantiu à equipa portuguesa uma dramática vitória por 21-17 e o apuramento para a meia-final que permitia continuar a sonhar com um lugar nos três primeiros.

O adversário nas meias-finais foi o Canadá, que nos quartos-de-final afastou a Rússia (24-7). O jogo não correu bem à equipa portuguesa, que sofreu um ensaio de Conor Trainor aos dois minutos e, apesar de Pedro Leal ter marcado um ensaio ainda na primeira parte, Portugal foi para o intervalo a perder por 7-5.

No recomeço, com apenas 57 segundos, os canadianos marcaram novo ensaio por Taylor Paris e a selecção nacional voltou a necessitar de recuperar de uma desvantagem significativa (14-5). No entanto, ao contrário do que tinha acontecido contra o Zimbabué, Portugal não conseguiu dar a volta ao resultado e o ensaio de Sebastião da Cunha nos últimos segundos não foi suficiente. Com a derrota por 14-12, restava à equipa portuguesa ganhar ao Japão no jogo de atribuição do terceiro lugar para conquistar o desejado lugar de selecção residente no Circuito Mundial de 2013.

E o jogo contra os japoneses, que foram afastados nas meias-finais pela Espanha após prolongamento, acabou por ser o melhor de Portugal na prova. Numa partida de “tudo ou nada”, a selecção nacional fez uma excelente exibição e não deu qualquer hipótese aos asiáticos.

Ao intervalo, a equipa portuguesa já vencia por 21-7 (dois ensaios de Adérito Esteves e um de Gonçalo Foro), e na segunda parte Portugal conseguiu dilatar a vantagem até 33-7 (Francisco Almeida e Carl Murray marcaram os dois ensaios de portugueses).

Com a vitória garantida, Frederico Sousa fez várias substituições e os japoneses aproveitaram para marcar dois ensaios e encurtar a desvantagem para 14 pontos (33-19), mas o triunfo e a importante conquista do cobiçado lugar do Circuito Mundial de 2013 já estava garantido por Portugal.