Juízes não autorizam leitura de testemunho chave no caso do homicídio de Aurélio Palha

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Discoteca onde foi cometido o homicídio Nelson Garrido

Era um trunfo da acusação, mas o colectivo de juízes que começou hoje a julgar o homicídio do empresário da noite portuense, Aurélio Palha, e a tentativa de assassinato do segurança, Alberto Ferreira, que acabou por ser morto uns meses mais tarde, não autorizou que fossem lidas as declarações que este último prestou à Polícia Judiciária.

No depoimento, Alberto Ferreira, conhecido como Berto Maluco, identificou “Pidá” e Mauro Santos, membros do grupo da Ribeira, como dois dos elementos que seguiam no carro de onde foram disparados vários tiros em Agosto de 2007, que resultaram na morte de Palha.

Mesmo assim um dos advogados de defesa, João Peres, fez questão de frisar as contradições nos dois testemunhos prestados por Berto Maluco e no que mais tarde foi relatado pela sua mulher, que vai ser ouvida na próxima sessão do julgamento, marcada para o próximo dia 23.

A decisão do colectivo, presidido pela juíza Ana Paula Oliveira, resultou do facto da defesa dos seis arguidos acusados se terem oposto à leitura das declarações, o que pode acontecer porque as mesmas não tinham sido prestadas perante um magistrado. Igualmente rejeitada foi a leitura dos testemunhos de sete pessoas, ouvidas por carta rogatória, na Suíça, uma decisão que foi contestada pelo Ministério Público, que manifestou intenção de recorrer da decisão.

Na sessão, que decorreu no Palácio da Justiça do Porto, todos os arguidos rejeitaram prestar declarações, tendo quatro dos acusados admitido vir a fazê-lo mais tarde. A audiência decorreu sem incidentes, apesar do grande dispositivo policial, integrado por dezenas de agentes, incluindo o corpo de intervenção da PSP e do Grupo de Intervenção e Segurança Prisional. Logo no início da sessão, a juíza Ana Paula Oliveira advertiu a assistência que não admitia qualquer tipo de manifestação na sala de audiências.

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