Um erro deu a vitória na etapa da Vuelta a Haedo

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O argentino Haedo exulta com o triunfo na etapa DR

Após 203 quilómetros, entre Palencia e Haro, os lançadores da equipa luxemburguesa Leopard, que seguiam na frente do pelotão, fizeram a pior opção, escolhendo o lado direito numa rotunda.

“Depois de conseguir vitórias na Tirreno-Adriático, no Dauphiné Libere e na Volta à Catalunha, ganhar numa grande volta é a cereja no topo do bolo. No final, havia dois ou três pontos em que era preciso estar atento e um deles era a rotunda na qual passei ‘limpo’ pela esquerda”, disse o sul-americano, de 30 anos, primeiro argentino a vencer numa das três grandes provas por etapas (“Tour”, “Giro” e “Vuelta”).

Antes do “maior e melhor triunfo da carreira desportiva” de Haedo, o protagonismo esteve entregue aos espanhóis da Andalucia, com Jesus Rosendo e Antonio Caballo, acompanhados pelo francês Julien Fouchard (Cofidis), a fugirem ao pelotão nos quilómetros iniciais e a conseguirem uma vantagem de mais de oito minutos, para serem absorvidos nos últimos 20 quilómetros.

Com o trabalho de perseguição da HTC e da Leopard, acabou por lucrar Haedo, que cruzou a linha de meta à frente dos transalpinos Alessandro Petacchi (Lampre) e Daniele Bennati (Leopard), em 4h41m56s.

O “Bisonte” Cobo até aumentou ligeiramente a sua vantagem na geral, graças ao final confuso que originou alguns cortes, possuindo agora vantagens de 22 e 51 segundos e de 1m41s face aos britânicos da Sky Christopher Froome e Bradley Wiggins e ao holandês Bauke Mollema (Rabobank), respectivamente segundo, terceiro e quarto classificados.

O italiano Vicenzo Nibali (Liquigas), vencedor da última Vuelta, encontra-se na oitava posição, a distantes 3m49s do topo, antes da 17.ª e mais longa tirada da 66.ª edição da corrida espanhola, a qual terá nova meta instalada em altitude.

Na região de onde é natural, Cobo, vencedor na Senhora da Graça durante a Volta a Portugal de 2008”, vai defender quarta-feira a camisola “roja” em seis quilómetros finais de um total de 211, entre Logroño e Santander, com rampas na ordem dos 10 por cento de inclinação média, mas com troços de 19 por cento em alguns pontos.

Tiago Machado segue como o melhor dos portugueses da RadioShack - equipa que se vai fundir na próxima época com a Leopard dos irmãos Schleck -, encontrando-se no 29.º lugar, a 29m10s de Cobo.

Na etapa desta terça-feira, o “Pica” de Famalicão cedeu sete segundos à chegada, enquanto Sérgio Paulinho e Nélson Oliveira atrasaram-se mais de minuto e meio, seguindo na 102.ª e na 128.ª posições da geral, já a mais de duas horas e a quase três, respectivamente.