Ecclestone pede que se reconsidere a realização do GP do Bahrein

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Ecclestone pede prudência Foto: Osman Orsal/Reuters

Bernie Ecclestone, detentor dos direitos comerciais da Fórmula 1, apelou a que se reconsidere a realização do GP do Bahrein em Outubro, como foi decidido na semana passada.

A Federação Internacional do Automóvel (FIA) decidiu na passada sexta-feira que o Grande Prémio do Bahrein, adiado em Março devido aos tumultos que se viviam no país, vai realizar-se a 30 de Outubro, no lugar do GP da Índia. A prova em Nova Deli foi movida para Dezembro, no fim da época.

Ecclestone disse ao diário britânico “Times” que seria mais aconselhável mudar o GP do Bahrein para o fim da época, sugerindo que se organizasse uma votação. “Da maneira como as coisas estão neste momento, não podemos imaginar o que se vai passar”, sublinhou o detentor dos direitos comerciais da Fórmula 1 a propósito da situação que se vive no Bahrein. “Seria melhor adiar o GP do Bahrein para o fim da temporada, e se na altura a situação for segura, então tudo bem, pode-se realizar a corrida. Se não, então nada feito e não há problemas”, acrescentou.

A decisão “unânime” da FIA foi tomada após o envio de uma equipa ao Bahrein para avaliar a situação. Porém, a marcação do GP do Bahrein para 30 de Outubro motivou protestos generalizados, nomeadamente de grupos de defesa dos direitos humanos. As equipas da Fórmula 1 também estão contra a possibilidade de prolongar o Mundial até Dezembro, enquanto muitos adeptos já marcaram viagens para a Índia para o GP local em Outubro, e agora estão em risco de perder o dinheiro.

Mosley, que deixou a FIA em 2009, concorda com Ecclestone: “Ele tem razão. Não creio que exista a mais pequena hipótese de acontecer mesmo a corrida [no Bahrein]”, sublinhou em declarações à emissora britânica “BBC”.

Todt diz que haverá 20 corridas e não 21 no ano que vem

Relativamente ao calendário do ano que vem, o presidente da FIA, Jean Todt, afirmou que terá 20 provas e não o número recorde de 21 anunciado na semana passada. O responsável não revelou que corrida foi riscada do calendário, embora na lista divulgada o GP da Turquia surgisse marcado com um asterisco.

“Há 21 datas, mas o Mundial vai contemplar 20 Grandes Prémios. Não sabemos qual vai cair, mas o campeonato vai ter 20 corridas”, reforçou Todt, em declarações ao diário desportivo espanhol “Sport”.

O GP da Turquia estava sujeito a confirmação após divergências entre os organizadores e Ecclestone quanto aos pagamentos. O calendário do próximo ano prevê ainda o regresso do GP dos Estados Unidos, com um novo circuito em Austin, no Texas.

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