Imprensa brasileira destaca gaffe de Dilma Rousseff sobre governo português

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Dilma visitará Portugal, entre 29 e 31 de Março Reuters

A imprensa brasileira noticiou hoje a gaffe cometida pela Presidente Dilma Rousseff, que visitará Portugal, na próxima semana, durante uma entrevista concedida quarta-feira à estação portuguesa SIC.

Dilma mostrou-se surpresa com a informação dada pelo entrevistador, o jornalista Miguel Sousa Tavares, de que o primeiro-ministro de Portugal, José Sócrates, poderia renunciar, depois de o parlamento ter rejeitado novas medidas de austeridade.

Apesar da surpresa, a Presidente Dilma confirmou sua viagem a Coimbra e Lisboa, e demonstrou que não estava informada de que Sócrates estava prestes a deixar o governo, noticiou o jornal O Estado de São Paulo.

Questionada sobre como seria chegar em Portugal sem ter chefe de Governo para recebê-la, a resposta foi: "Mas não tem presidente para me receber?"

Em seguida, ao saber a situação de Sócrates, Dilma afirmou: "Seja quem for o primeiro-ministro, ele vai me receber", segundo o relato publicado pelo jornal Folha de São Paulo.

Na entrevista, a Presidente brasileira negou que o Brasil está a deixar as relações com a Europa em segundo plano.

"Não colocamos a Europa em segundo plano. Temos uma relação especial com Portugal", disse Dilma, ao salientar que “Portugal não é bem Europa para nós brasileiros".

Dilma visitará Portugal, entre 29 e 31 de Março, para prestigiar o ex-Presidente Lula da Silva que receberá o título de doutor honoris causa da Universidade de Coimbra.

Trata-se da primeira viagem internacional da Presidente brasileira, em funções desde o início de Janeiro, a um país europeu.

O primeiro-ministro, José Sócrates, apresentou quarta-feira a demissão ao Presidente da República por considerar que ficou sem condições para governar, depois de o Parlamento ter aprovado resoluções de rejeição de toda a oposição ao chamado PEC 4 proposto pelo Governo.

O pedido de demissão de José Sócrates foi anunciado pela Presidência da República que, contudo, salienta que o Governo se mantém “na plenitude de funções até à aceitação daquele pedido”. Cavaco Silva irá promover sexta-feira audiências com os partidos com assento parlamentar.

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