É necessário um “esforço muito sério e significativo” na redução da despesa

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O ministro diz que também é preciso aumentar receitas Pedro Cunha/ arquivo

Portugal vai ter de fazer em 2011 “um esforço muito sério e significativo” na redução da despesa pública, afirmou hoje em Macau o ministro das Finanças, ao defender que cumprir objectivos implica também uma melhoria das receitas.

Sublinhando a necessidade do corte nas despesas, Teixeira dos Santos mantém a meta de reduzir o défice de 7,3 por cento do produto interno bruto (PIB) em 2010 para 4,6 por cento do PIB em 2011, o que “implica uma redução na ordem de 4000 a 4500 milhões de euros”.

“É uma redução muito significativa que exige, efectivamente, um esforço considerável de redução da despesa pública, mas também irá exigir – uma redução do défice desta magnitude – uma melhoria das nossas receitas públicas para atingir o objectivo”, sublinhou.

Para Teixeira dos Santos “a redução da despesa pública é algo de essencial” para se poder “assegurar uma maior sustentabilidade e (...) também credibilidade do esforço de consolidação orçamental, mas uma redução da ordem dos 4000 a 4500 milhões de euros dificilmente poderá ser feita só com redução da despesa pública”.

É que, avisou, reduzir apenas a despesa “iria implicar grandes perturbações e dificuldades ao funcionamento de muitas áreas da política, designadamente das políticas sociais” como a saúde e educação que ficariam comprometidas.

O ministro disse também que a experiência demonstra que “medidas de redução da despesa são medidas que demoram sempre um pouco mais de tempo a surtir efeito e a vermos os seus benefícios reflectidos no défice”.

“Dado que nós estamos também num esforço de antecipação da consolidação orçamental, estamos a querer ser mais rápidos nesse esforço, nós também precisamos de assegurar que a redução se faça a um ritmo adequado, e daí a necessidade também de termos um contributo da parte das receitas públicas”, defendeu.

Teixeira dos Santos que esteve hoje no Clube Militar de Macau a apresentar Portugal aos membros da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Chinesa, e repete a promoção nacional amanhã em Hong Kong.

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