Marítimo perde com BATE Borisov e é eliminado

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Renan Bressan festeja o seu golo no Estádio dos Barreiros Duarte Sá/Reuters

O Marítimo foi hoje eliminado da Liga Europa de futebol ao perder, no Funchal, com os bielorrussos do BATE Borisov, por 2-1, após a derrota (3-0) na primeira mão.

A equipa madeirense revelou incapacidade para virar o resultado negativo trazido da Bielorrússia na semana passada e acabou por pagar a factura diante de um conjunto experiente, que geriu bem o resultado volumoso conseguido em casa.

Nos primeiros minutos, o conjunto madeirense deu a sensação de que poderia lutar pela qualificação para a fase de grupos da Liga Europa, mas cedo a equipa orientada por Van der Gaag mostrou insuficiências e esbarrou no futebol mais objectivo e acutilante do adversário.

Logo no primeiro minuto, o árbitro da partida perdoou uma grande penalidade ao BATE Borisov, num lance em que Danilo Dias tomou a iniciativa de rematar com a bola a ser desviada com a mão de um defesa bielorrusso.

Apesar de precisarem de marcar golos, os madeirenses foram pouco ofensivos e nas poucas vezes que se acercaram da baliza de Gutor fizeram-no sempre de forma displicente, com os lances a enfermarem de esclarecimento.

O único lance de verdadeiro perigo criado pelo Marítimo na primeira parte aconteceu, aos 34 minutos, quando o franco-argelino Cherrad, servido por Danilo Dias, ficou em posição de remate, mas fê-lo de forma deficiente, com a bola a sair ao lado do poste esquerdo de Gutor.

O BATE, mais interessado em explorar a vantagem e fazer passar o tempo, apostou sempre no contra-ataque, conseguindo perturbar em dois lances a equipa madeirense, com Radionov e Kontsevoi em plano de destaque.

Com o “nulo” com que as duas equipas atingiram o intervalo, esperava-se um Marítimo mais acutilante no segundo tempo, mas a falta de ideias voltou a pautar o jogo dos insulares, sempre incapazes de contrariar a melhor organização e experiência do adversário do Leste.

Aos 51 minutos, Marquinho entendeu-se bem com Babá, mas o remate do brasileiro levou a direcção da malha lateral.

No minuto seguinte, o BATE Borisov chegou à vantagem, por intermédio de Pavlov, num lance em que Marcelo conseguiu suster um primeiro remate, mas viu-se batido no segundo.

Mitchell Van der Gaag apostou então nas entradas de Adilson e Kanú, na tentativa de remediar a fraca produção ofensiva da sua equipa, numa altura em que o descrédito se apoderara da equipa madeirense.

Sem deixar de lutar pelo resultado, o Marítimo passou a denotar resignação, uma vez que o resultado já não permitia sonhar com a qualificação.

Se colectivamente as coisas não funcionavam, Danilo Dias, aos 74 minutos, tratou de resolver sozinho um lance pela esquerda, com duplo remate, mas com a bola a sair ao lado da baliza de Gutor.

O BATE, por sua vez, geria a seu belo prazer o jogo como mais lhe convinha, perante a desorganização do Marítimo, incapaz de criar um lance com princípio, meio e fim.

Os últimos 25 minutos do jogo foram passados numa toada lenta, tediosa e pouco atractiva, com o Marítimo entregue à sua sorte, enquanto o adversário geria o esforço e o calor intenso.

Contudo, aos 90 minutos, o Marítimo chegou à igualdade: Marquinho cruzou na direita e Kanú surgiu sobre a linha a fazer o golo.

Já em período de compensação concedido pelo árbitro, o BATE chegou à vitória, com Skavysh, em posição de remate, a bater Marcelo pela segunda vez.

FICHA DE JOGO

Jogo no Estádio dos Barreiros, no Funchal.Cerca de 3500 espectadores
Marítimo
Marcelo, Briguel, João Guilherme, Robson, Luciano Amaral, Roberto Sousa, Rafael Miranda (Adilson, 59'), Danilo Dias, Cherrad (Marquinho, 46'), Baba e Djalma (Kanú, 63').BATE Borisov
Gutor, Yurevich, Shytov, Radzkov, Bordachev, Pavlov, Likharovic (Skavysh, 69'), Kontsevoi (Patotski, 85'), Bressan (Baga, 65'), Olekhnovic e Radionov.

Árbitro

Euan Norris (Escócia)

Amarelos

Likharovic(18'), Djalma (36'), Kontsevoi(40'), Yurevich (46') e Robson (55').

Golos

0-1, Pavlov, 52'; 1-1, Kanú, 90'+1';1-2, Skavysh, 90'+3'.

Notícia actualizada às 19h41
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