Restaurante procura doadores para especialidades canibais

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O restaurante vai ser inaugurado a dia 8 de Setembro, em local ainda mantido em segredo Pedro Elias

Gostaria de doar uma parte do seu corpo para ser cozinhada? A pergunta não é assim tão directa mas anda lá perto e está a ser colocada a quem se quiser tornar membro associado do Flimé, um restaurante brasileiro que se prepara para inaugurar um espaço em Berlim.

“Os membros associados do Flimé concordam, com este, em doar para o Flimé qualquer parte de seu corpo, que será determinada pelo próprio associado. O Flimé assumirá apenas os custos hospitalares. O associado não receberá nenhum outro crédito financeiro. A finalidade do uso da parte doada é de livre escolha do Flimé.” O “contrato” surge no rodapé de um formulário que se encontra disponível no site do restaurante e é a base da campanha publicitária lançada pelo Flimé.

Com inauguração prevista para o próximo dia 8 de Setembro, em local ainda mantido em segredo, o restaurante está a provocar a indignação com a proposta feita aos seus membros. Para se ser associado basta preencher um breve questionário sobre o estado de saúde e hábitos de consumo e enviar para o email indicado na página.

O proprietário do Flimé, o brasileiro Eduardo Amado, anunciou que o restaurante irá oferecer cozinha da cultura Wari, um povo canibal da selva amazónica, mas que haverá ainda lugar para receitas clássicas brasileiras. Os nomes das iguarias Wari estão disponíveis na ementa colocada online mas as designações possíveis dos pratos "canibais" ainda não são avançadas.

“Seguindo o velho provérbio wari o importante para nós é que ‘comer é mais do que saciar a fome’”, afirma-se no site. “Contemplamos a alimentação como um acto espiritual no qual se assume a alma e a força do ser que ingerimos”, continua o Flimé.

A sede do restaurante está localizada em Guajara Mirim, na Amazónia ocidental, Brasil.

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