Os 16 funcionários da Assembleia Distrital de Beja têm o subsídio de férias deste ano em atraso devido a “dificuldades financeiras pontuais”, motivadas por “encargos avultados” e dívidas de municípios, disse hoje à Lusa o presidente da instituição.

Segundo António Sebastião, “a Assembleia Distrital de Beja está a atravessar dificuldades financeiras pontuais, o que impediu o pagamento do subsídio de férias aos 16 funcionários em junho”.

“Estou convencido que a situação vai ser ultrapassada dentro de pouco tempo. Assim que isso aconteça, iremos pagar imediatamente o subsídio de férias aos 16 trabalhadores da Assembleia Distrital de Beja”, o que poderá acontecer “em Agosto ou Setembro”, estimou o também presidente da Câmara de Almodôvar (PSD).

Os “encargos avultados” com as obras de requalificação das instalações da Assembleia Distrital de Beja e a gestão do Museu Regional Rainha D. Leonor, situado em Beja e propriedade da instituição, “provocaram um acréscimo de despesas”, explicou António Sebastião.

Este “acréscimo de despesas” associado às dívidas de “quase 200 mil euros” relativas ao atraso no pagamento das contribuições de alguns dos municípios que fazem parte da Assembleia Distrital de Beja “criou algumas dificuldades financeiras pontuais”, explicou.

“Tudo isto provocou uma falta de disponibilidade financeira para o pagamento do subsídio de férias aos trabalhadores da Assembleia Distrital de Beja”, explicou António Sebastião.

No entanto, frisou, trata-se de “uma situação pontual, de resolução rápida nos próximos tempos e que não se apresenta de grande preocupação futura”.

As contribuições trimestrais dos municípios são “a principal fonte de receita” da Assembleia Distrital de Beja e “quando não são transferidas em tempo oportuno surgem problemas financeiros, como a falta de dinheiro para suportar despesas, no caso o subsídio de férias dos funcionários”, sublinhou.

“Estou convencido que a situação das dívidas dos municípios se vai regularizar”, disse, referindo que a Assembleia Distrital de Beja “está a tratar do assunto, a falar com os municípios e já entregou as dívidas mais antigas a uma advogada para acionar mecanismos de cobrança”.

“Alguns municípios estão a apresentar planos de pagamento para regularizarem as dívidas em atraso e espero que os cumpram”, disse.