Uma carta de protesto contra alegados despedimentos ilegais na Fundação de Serralves foi subscrita por mais de mil pessoas de entre aquelas que no fim-de-semana assistiram às 40 horas de espectáculos da 7.º edição de Serralves em Festa.
A acção partiu do movimento Ferve (Fartos/as d"Estes Recibos Verdes), que, na segunda-feira, enviou a subscrição à administração de Serralves, acusando a fundação de ter despedido 18 colaboradores no passado mês de Abril, não reconhecendo os seus direitos à assinatura de contratos de trabalho.
Cristina Andrade, do movimento Ferve, reivindicou estar a falar em nome da maioria dos colaboradores dispensados - mesmo que eles não tenham estado presentes na acção de protesto que decorreu no último fim-de-semana. E citou a existência de um relatório de inspecção da Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT), que, na sua opinião, reconhece a existência de vínculo laboral entre Serralves e os referidos trabalhadores.
Odete Patrício, directora-geral da fundação, contesta que Serralves tenha procedido a qualquer "despedimento ilegal". A mesma responsável diz que a fundação apenas fez cessar a relação individual de "prestação de serviços" com os referidos colaboradores, para a substituir por um novo modelo empresarial.
Odete Patrício acrescentou que a Fundação de Serralves está de "consciência tranquila" quanto ao processo em causa, e notou que alguns dos trabalhadores citados estão de novo a trabalhar na instituição, mas no âmbito de um contrato entretanto estabelecido com uma empresa de prestação de serviços.