Presidente da UNITA lembra Rosa Coutinho como homem de "triste memória" para Angola

O presidente da UNITA, maior partido da oposição angolana, Isaías Samakuva, lamentou hoje a morte do “ser humano” Almirante Rosa Coutinho, mas sublinhou que é “alguém de triste memória para Angola”.

Isaías Samakuva, em declarações à Agência Lusa, depois de lembrar que “a morte de uma pessoa é sempre lamentável”, apontou Rosa Coutinho como “um indivíduo que está associado à vida e à história do país”, mas, “infelizmente, de uma forma triste”.

“Para nós o Almirante Rosa Coutinho é de triste memória para Angola”, reforçou, repetindo ainda que “a morte de um ser humano é sempre um acontecimento a lamentar” porque “tem família que certamente sentirá a dor”.

Como, acrescentou, “haverá angolanos que certamente sentirão essa dor também, mas outros nem tanto”.

Isaías Samakuva, quando afirma que “haverá angolanos que sentirão dor” pela morte de Rosa Coutinho, refere-se ao MPLA, partido no poder desde 1975 e que até ao início da década de 1990 governou o país sob a matriz ideológica do marxismo-leninismo e em regime de partido único, que tinha no chamado “almirante vermelho” um aliado no processo de descolonização.

A Lusa está a tentar uma reacção à morte de Rosa Coutinho dos outros dois movimentos que disputaram o poder em Angola na transição do regime colonial para a independência: o MPLA de Agostinho Neto e hoje liderado por José Eduardo dos Santos, e a FNLA de Holden Roberto, que hoje vive uma situação indefinida quanto à sua liderança.

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