Dirigente da FNLA recorda Rosa Coutinho pela influência negativa que teve no processo de descolonização angolano

O dirigente da Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), Ngola Kabango, lembrou hoje o Almirante Rosa Coutinho como “alguém que influenciou negativamente” a história de Angola, mas afirmando o seu “respeito pela sua memória”.

A FNLA, juntamente com o MPLA e a UNITA, foi um dos três movimentos independentistas que disputaram o poder no país durante o processo de transição do regime colonial para a independência angolana, em 1975.

“Conheci Rosa Coutinho durante as negociações em Alvor. Ele defendia uma posição antagónica, contrariava profundamente as nossas posições e teve um papel importante de benefício do MPLA nesse processo histórico”, disse.

“Com o respeito que tenho pela sua memória, quero afirmar que ele influenciou negativamente o processo de descolonização de Angola a favor do MPLA, tal como marcou o processo revolucionário em Portugal ao lado do Partido Comunista”, apontou.

Para Ngola Kabango, Rosa Coutinho “ficará na história do processo de descolonização como o homem que dirigiu o governo de transição enquanto alto comissário enviado por Portugal de forma parcial”.

Ainda não foi possível à Lusa obter uma reacção do MPLA.

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