Jorge Jesus ao nível de Sven-Goran Eriksson

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Jorge Jesus soma sete vitórias consecutivas no campeonato José Manuel Ribeiro / Reuters (Arquivo)

Sete vitórias consecutivas, depois de um empate a abrir, valem ao Benfica, de Jorge Jesus, uma entrada na Liga portuguesa de futebol ao nível das de Sven-Goran Eriksson.

Em mais de três décadas, ou mais precisamente desde a irrepetível época 1972/73, apenas o sueco, que esteve na Luz em 1982/83 e 83/84 e entre 89/90 e 91/92, apresenta registos semelhantes ao actual no arranque do campeonato.

Sob o comando de Eriksson, o Benfica começou por vencer os primeiros 11 jogos da época 1982/83 (cedeu apenas à 12.ª ronda, em Alcobaça, onde empatou 1-1), para, na época seguinte, somar sete triunfos e um empate a abrir.

Depois do regresso de Itália, onde orientou AS Roma (1984/87) e Fiorentina (87/89), o sueco voltou a ter uma grande entrada, em 1990/91, novamente com sete triunfos e um empate nos primeiros oito embates do “nacional”.

Sem contar com as épocas sob o comando de Eriksson, o melhor que o Benfica conseguiu a abrir, depois de roçar a perfeição em 1972/73 (28 vitórias e dois empates), foram sete triunfos e um desaire em 1980/81, com o húngaro Lajos Baroti.

Destaque ainda para os seis triunfos e dois “nulos” de 1977/78 (o Benfica terminou o campeonato sem derrotas, mas perdeu-o para o FC Porto pela diferença total entre golos marcados e sofridos), 79/80, 86/87 e 1999/2000.

Com a goleada de segunda-feira ao Nacional (6-1), o Benfica versão 2009/2010 superou todas estas entradas bem sucedidas no “nacional” e ficou ao nível das de Eriksson, não da melhor, perfeita após 11 rondas, mas das de 1983/84 e 90/91.

Na segunda época de Eriksson, o Benfica cedeu um empate à quinta ronda (1-1 em Braga), e só voltou a não ganhar... à 18.ª: depois de 16 triunfos e um empate, ficou-se por nova igualdade a um, na recepção ao Estoril.

Em 1990/91, o único tropeção nos primeiros oito jogos aconteceu ao quarto, correspondente à quinta jornada (1-1 com o Boavista, na Luz). Já com o calendário em dia, o Benfica só voltaria a ceder pontos à 10.ª ronda (0-2 em Setúbal).

Desta vez, o “onze” de Jorge Jesus até começou mal, com um empate caseiro face ao Marítimo (1-1), mas, depois, ainda não parou de vencer (1-0 em Guimarães, 8-1 ao Vitória de Setúbal, 4-0 no Restelo, 2-1 em Leiria, 5-0 ao Leixões, 3-1 em Paços de Ferreira e 6-1 ao Nacional).

Neste trajecto quase perfeito, destaque para os 30 tentos marcados - o melhor registo deste a “mítica” época de 1972/73 -, que valem, juntamente com os cinco sofridos, a liderança, já que a diferença para o Sporting de Braga, em igualdade pontual, faz-se pela diferença de golos.

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