Henry Allingham, o homem mais velho do mundo e também um dos últimos veteranos da Primeira Guerra Mundial, morreu durante o sono, com 113 anos, na casa de saúde onde vivia, perto de Brighton, no sul de Inglaterra, esta manhã.

“Cigarros, whisky e mulheres loucas, loucas” foram o segredo da sua longa vida, costumava dizer. Nasceu em 1886, no mesmo ano em que Henry Frod criou o quadriciclo Ford, o precursor do actual automóvel. A sua vida atravessou três séculos, e deixa cinco netos, 12 bisnetos e 14 trinetos. E ainda um tetaraneto.

Durante a Primeira Guerra, Allingham serviu no Royal Naval Air Service, e combateu na batalha de Jutland, a maior batalha marítima dessa guerra. Já perto do fim da guerra, foi transferido para a Força Aérea.

O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, enviou uma mensagem de condolências à família, onde recorda “o privilégio de ter estado com ele várias vezes.” “Era uma personagem tremenda, um dos últimos representantes de uma geração de pessoas tremendas”, disse o primeiro-ministro.

Dorothy, a mulher de Allingham, com quem se casou em 1918, no fim da guerra, morreu em 1970. Ele sobreviveu também às duas filhas que teve no casamento. A maior parte da sua família vive hoje nos Estados Unidos. Allingham tinha-se tornado o homem mais velho do mundo em Junho, depois da morte do japonês Tomoji Tanabe.