Ministro Correia de Campos evita manifestantes à entrada do Hospital dos Covões

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O ministro era esperado por manifestantes contra o fecho da Urgência do Hospital de Anadia Carlos Lopes (arquivo)

Correia de Campos deslocou-se ao Hospital Geral (Covões) do Centro Hospitalar de Coimbra (CHC - EPE) para inaugurar a nova Unidade de Cardiologia de Intervenção, sendo esperado por dezenas de manifestantes, dos movimentos "Unidos pela Saúde", contra o fecho da Urgência do Hospital de Anadia, e "Utentes pelos HUC", dos Hospitais da Universidade de Coimbra.

Outros grupos de manifestantes eram dinamizados pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses e pelo Sindicato da Hotelaria do Centro, este num protesto contra o conflito entre as funcionárias do serviço de alimentação da Maternidade Bissaya Barreto e a empresa Nordigal.

Contudo, Correia de Campos não entrou no Hospital Geral pelo acesso principal e os manifestantes acabaram por desmobilizar.

"Gostávamos de fazer algumas perguntas ao senhor ministro, gostaríamos que pusesse a mão na consciência, provavelmente se as urgências estivessem abertas isto não teria acontecido", disse José Paixão, do movimento "Unidos pela Saúde", referindo-se ao caso da bebé que morreu hoje à porta do Hospital de Anadia.

Mais tarde, na passagem entre edifícios no complexo do Hospital Geral, para dar posse ao conselho consultivo do CHC - EPE, Correia de Campos usou o acesso principal do estabelecimento, quando os manifestantes já tinham desmobilizado, mas recusou-se a responder aos jornalistas, agradecendo as perguntas.

Ao intervir na cerimónia de inauguração da Unidade de Cardiologia de Intervenção, o ministro considerou-a como "uma peça excelente, de alta qualidade, de um sistema mais vasto de luta contra as doenças cardíacas".

A unidade passa a ser "uma das mais modernas do país", contando com duas salas de angiografia digital, segundo uma nota do CHC-EPE, em que é destacado também o papel "extremamente importante" da cardiologia de intervenção no tratamento da doença das coronárias.

O ministro deu posse ao conselho consultivo do Centro Hospitalar de Coimbra, presidido pelo constitucionalista de Coimbra Vital Moreira.

"O conselho consultivo tem uma representação muito equilibrada, mas também muito exigente. Pretendemos bom senso, equilíbrio e exigência crítica. Esperamos da vossa parte um trabalho muito activo", exortou o ministro da Saúde na sessão.