Luís Filipe Vieira garante que irá repor a verdade no caso dos árbitros

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Luis Filipe Vieira diz que conversa transcrita é "um acto de alguém que só quer a verdade" Estela Silva/Lusa (arquivo)

O presidente do Benfica, Luis Filipe Vieira, negou hoje ter tido qualquer envolvimento na escolha do árbitro do jogo das meias-finais da Taça de Portugal da época de 2003/2004, como noticia hoje o PÚBLICO. O dirigente do clube da Luz afirma estar a ser vítima de “algumas injustiças” mas garante não recear “todas as escutas telefónicas que possam aparecer” e que irá repor a verdade sobre este caso.

O PÚBLICO noticia hoje que Luís Filipe Vieira se envolveu directamente na escolha do árbitro do jogo entre o Benfica e o Belenenses e que esse envolvimento está registado num telefonema com Valentim Loureiro. Nessa conversa, Luís Filipe Vieira queixa-se do facto de o árbitro nomeado para o jogo já não ser Paulo Paraty, mas sim João Ferreira.

De acordo com o dirigente do Benfica, a conversa transcrita pelo PÚBLICO é "um acto de alguém que só quer a verdade". "O que há nessa escuta é o estado de espírito de um homem que pugna pela transparência e pelo rigor. É um acto de alguém que só quer a verdade e não pede benefício para nada. O Benfica não pediu nenhum favor a ninguém", defendeu.

Afirmando que nos últimos dias tem recebido "ameaças" e se sente "um alvo a abater", Luís Filipe Vieira sublinhou não ter sido ele a ligar a Valentim Loureiro. “Não fui eu que telefonei para o major. Alguém telefonou para mim”, explicou, sublinhando que no telefonema apenas transmitiu o seu “descontentamento sobre o estado do futebol português”.

Segundo o presidente do Benfica, o clube "foi muito prejudicado nessa época" e a manchete do PÚBLICO "não se coaduna nada com a notícia".

Luis Filipe Vieira assegurou ainda nada recear sobre eventual divulgação de mais conversas telefónicas com Valentim Loureiro, ou outros responsáveis desportivos, afirmando-se confiante de que “a verdade há-de vir ao de cima”. “Não tenho receio do futuro. Todos os dias virei a esta sala dizer as verdades. A campanha está montada. Conheço os artistas que estão em cena. São artistas que me fazem rir um bocadinho. O apito tem que apitar e ele vai apitar”, continuou o dirigente, referindo ao processo “Apito Dourado”, reforçando que nada o liga a este caso. “Não sou arguido de nada. Nunca fui testemunha de ninguém, nem nunca fui ouvido no ‘Apito Dourado’”, reforçou.

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