Marion Jones de novo suspeita de doping

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Jones registou um controlo positivo no dia em que venceu os 100m nos Campeonatos dos EUA Michael Conroy/AP

O “The Washington Post” noticiou hoje que na amostra A da urina da velocista foi detectada eritropoietina (EPO), um fármaco que estimula o corpo a produzir mais glóbulos vermelhos. Rich Nichols, advogado de Jones, negou à Reuters que a atleta se tenha dopado e criticou a fuga de informação. “É uma infelicidade que a integridade e a confidencialidade do processo de análise possa ter sido quebrado, mas Marion Jones esteve sempre limpa, nunca tomou dopantes, nem agora nem nunca. Ela está sempre preparada para fazer o que for necessário para demonstrar que nunca tomou dopantes”, frisou.

Os organismos desportivos norte-americanos – Federação de Atletismo, Comité Olímpico e a Agência Antidoping (USADA) – estão em silêncio absoluto, mas o secretário-geral da Associação Internacional das Federações de Atletismo, Pierre Weisse, criticou a lentidão do laboratório antidoping de Los Angeles: “Nós estamos descontentes com o atraso entre a data de recolha das amostras e o anúncio dos resultados. Pedimos aos laboratórios que façam o seu melhor para fornecer os resultados em duas semanas. Dois meses é muito tempo”, afirmou, citado pela AFP.

A carreira de Marion Jones estava a recuperar de um período negro, causado pelo caso BALCO, laboratório californiano que forneceu dopantes a profissionais do atletismo, basebol e futebol americano. Jones foi considerada suspeita e chegou a ser fortemente pressionada pela USADA, com documentos do processo criminal e interrogatórios à atleta e a pessoas do seu círculo profissional, mas, contrariamente ao seu ex-companheiro, Tim Montgomery, ex-recordista mundial dos 100m, a velocista não foi formalmente acusada.

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