Bento XVI defende o respeito à dignidade humana no trabalho

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O aparecimento de Bento XVI na janela do Vaticano marcou o regresso à normalidade Maurizio Brambatti/EPA

Bento XVI defendeu hoje as condições de trabalho que “respeitem sempre a dignidade humana”, naquela que foi a sua primeira intervenção realizada da janela dos aposentos pontifícios no Vaticano.

O Sumo Pontífice, de 78 anos, saudou em espanhol católicos de Madrid e Barcelona presentes na Praça de São Pedro e, numa referência ao Dia do Trabalhador, apelou ao respeito e dignidade de todos os trabalhadores do mundo. Entre a multidão de cerca de 40 mil pessoas que se reuniram hoje no Vaticano estiveram membros de associações cristãs de trabalhadores italianos.

O Papa saudou “com especial afecto” as igrejas ortodoxas que festejam hoje a Páscoa. “Aos nossos irmãos retribuo o tradicional anúncio de alegria: Cristo ressuscitou”, disse. “Desejo de todo o meu coração que a celebração da Páscoa seja para vós uma oração de fé para Aquele que é o nosso Senhor comum”.

Bento XVI expressou também um pensamento por “todos os povos que sofrem por causa da guerra, da pobreza e da doença”. “Sinto-me hoje particularmente próximo das populações do Togo, atingidas por lutas internas”, disse, apelando ao fim dos conflitos naquele país africano.

Pouco antes do meio dia, Bento XVI apareceu na janela onde, durante 26 anos, João Paulo II dirigiu a oração dominical do Angelus. O Sumo Pontífice lembrou “a figura amada” do seu antecessor “que se tornou familiar a inúmeras pessoas em todo o mundo”. “De domingo a domingo, João Paulo II, fiel a um encontro que se tornou habitual, acompanhou durante mais de um quarto de século a história da Igreja e do mundo”, salientou.

O aparecimento de Bento XVI na janela do Vaticano marcou o regresso à normalidade depois de quatro semanas de luto, oração e entrada do cardeal Joseph Ratzinger para a cena mundial.

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