Açores: "Farfalha" condenado a 14 anos de prisão por abuso sexual de menores

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O pintor é o principal arguido do processo Eduardo Costa/Lusa

O pintor de construção civil José Augusto Pavão, conhecido por "Farfalha", foi hoje condenado pelo Tribunal de Ponta Delgada a 14 anos de prisão por abuso sexual de menores. Dos 18 arguidos do processo de pedofilia dos Açores, 14 foram condenados.

Os 18 arguidos - entre os quais um médico, um funcionário bancário, empresários e um empreiteiro de construção civil - foram na sua maioria a julgamento acusados de abuso sexual de crianças, para além de actos sexuais e homossexuais com adolescentes, exibicionismo e um crime de violação.

O Tribunal de Ponta Delgada condenou 14 dos 18 arguidos a penas entre dois anos com pena suspensa e 14 anos de prisão efectiva.

"Farfalha" foi condenado a 14 anos de prisão por 13 crimes.

Ao médico Luís Arruda, que foi delegado de saúde no concelho da Lagoa, o tribunal atribuiu uma pena de três anos de prisão efectiva.

O Tribunal de Ponta Delgada condenou o empreiteiro José Luís Benzeiro Tavares a sete anos de prisão, enquanto o bancário José António Sousa foi condenado a quatro anos e seis meses de prisão efectiva.

Seis dos arguidos foram condenados a penas suspensas que variam entre os três e os dois anos.

O advogado de José Luís Benzeiro Tavares disse que vai agora estudar o acórdão, mas sublinhou estar "globalmente satisfeito" com a decisão do Tribunal de Júri. Eduardo Vieira, advogado de José António Sousa, admitiu a possibilidade de recorrer da decisão judicial.

O Tribunal de Ponta Delgada absolveu três dos 18 arguidos do processo, enquanto um outro arguido apenas ficou sujeito ao pagamento de multa.

A leitura do acórdão deste julgamento decorreu sem grande curiosidade de populares, que não chegaram a encher a sala de audiências.

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