Presidente em exercício da Câmara de Felgueiras indiciado por crimes de corrupção

Foto
A IGAT terá apreendido documentos "altamente incriminatórios" para Fátima Felgueiras e António Pereira Estela Silva/Lusa

António Pereira, actual presidente em exercício na Câmara de Felgueiras, foi indiciado por alegados crimes de corrupção, segundo um relatório da Inspecção-Geral da Administração do Território (IGAT), que propõe a demissão do autarca.

De acordo com a edição de hoje do "Jornal de Notícias", durante as inpecções realizadas pela IGAT, que culminam num relatório cujo resultado é agora conhecido, foram encontrados documentos considerados "altamente incriminatórios" para a presidente suspensa Fátima Felgueiras e para António Pereira, já notificado da situação.

Em causa está uma empresa de Matosinhos, a Proeme, que António Pereira dirigiu. O "JN" avança que os inspectores apreenderam um documento assinado pelo ex-vereador socialista, que enquanto director do Jornal "Sovela" se terá comprometido a abater 12.500 euros à dívida que o jornal tinha com a Proeme.

No mesmo período em que ocorreu o abatimento terá saído a mesma quantia da tesouraria da Câmara de Felgueiras para "pagamentos de serviços que não foram efectuados" sob a autorização de António Pereira.

Segundo o "JN", as alegadas irregularidades continuam com os inspectores a apreenderem facturas que comprovam o "pagamento de uma dívida de dez mil euros em fotolitos a uma empresa de Guimarães". Tal como na situação anterior, na mesma altura saiu um cheque dos cofres da autarquia com um valor idêntico, desta vez para pagar material de escritório que nunca deu entrada nas instalações da autarquia.

Ainda sob investigação continua o empréstimo bancário de 15 mil euros que envolve o Clube de Futebol de Felgueiras e que a IGAT suspeita estar a ser pago pela Câmara. O diário indica que esta situação se deve a uma decisão de António Pereira, Fátima Felgueiras e Aurélio Carvalho, vereador social-democrata.

As conclusões da IGAT foram incluídas no processo que tem como principal suspeita Fátima Felgueiras.

António Pereira limitou-se a dizer ao "JN" que não foi notificado do pedido da perda de mandato.

Sugerir correcção
Comentar