Vinte mil euros em materiais para obras em casas de Campanhã, no Porto

Depois do Bonfim, o programa Casa Reparada, Vida Melhorada estende-se a uma segunda freguesia da cidade

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Os materiais são uma ajuda para quem não tem dinheiro para pagar as obras Rui Farinha

A freguesia de Campanhã é a segunda, na cidade do Porto, a receber até 20 mil euros em materiais de construção para apoiar obras nas casas de moradores sem condições financeiras. O programa Casa Reparada, Vida Melhorada, que arrancou no Bonfim, é assim alargado àquela que é a freguesia mais carenciada do Porto.

A proposta vai à reunião do executivo da próxima terça-feira e é feita nos mesmos moldes da do Bonfim, que passou por aquele órgão em Outubro do ano passado. Na altura, já se tinha anunciado que o programa deveria ser alargado a Campanhã, mas a concretização do protocolo de colaboração entre a junta de freguesia, a empresa municipal Domus Social e a Câmara do Porto só agora vai ser escrutinado.

A proposta prevê a aprovação da “doação”, parte da Domus Social de materiais de construção até ao valor máximo indicado – e que vão de cimento a telhas, tintas ou azulejos – e também a “isenção do preço devido pela remoção gratuita de entulhos decorrentes das obras realizadas ao abrigo deste programa, no valor global estimado de 7200 euros”. O protocolo tem a validade de um ano.

A escolha das casas (arrendadas ou próprias) a famílias que irão beneficiar do programa cabe à junta de freguesia, que fica ainda obrigada a apresentar relatórios trimestrais da intervenções feitas que permitam, por exemplo, avaliar “o seu impacto na qualidade de vida de cada agregado familiar beneficiário”.

A continuação e alargamento do programa são justificados com “as situações de carência habitacional [que] continuam a fazer-se sentir de forma dramática para um número significativo de famílias”. Na proposta conjunta dos vereadores da Habitação e Acção Social, Manuel Pizarro, e do Ambiente e Inovação, Filipe Araújo, recorda-se ainda que a câmara gere um parque habitacional com cerca de 12.800 fogos e que, na impossibilidade de construir novas casas sempre que uma habitação se degrada, foi necessário “encontrar soluções” como este programa municipal.

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