Municípios querem fundos europeus para Rede Ciclável da Península de Setúbal

Palmela, Sesimbra e Setúbal juntaram-se para candidatar quatro projectos, orçados em cerca de dez milhões de euros, entre eles o CICLOP 7.

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A criação de uma rede ciclável é um de quatro projectos intermunicipais apresentados pelas autarquias Patrícia Martins

A criação de uma rede clicável, melhoria das acessibilidades, valorização do património e mais inclusão social são os objectivos de quatro projectos intermunicipais das câmaras municipais de Palmela, Sesimbra e Setúbal, que foram apresentados esta quinta-feira em Azeitão.

"Vimos as oportunidades que se apresentavam em matéria de fundos comunitários, debatemos conjuntamente as nossas necessidades, formulámos colectivamente estas candidaturas a fundos comunitários e aqui estamos a mostrar-vos o que será feito muito em breve", disse a presidente da Câmara de Setúbal.

Maria das Dores Meira falava na cerimónia de apresentação dos projectos, numa unidade hoteleira de Azeitão, que também contou com a presença do presidente da Câmara de Palmela, Álvaro Amaro, e da vice-presidente da Câmara de Sesimbra, Felícia Costa.

Em causa está um conjunto de quatro projectos, com um custo global de cerca de dez milhões de euros, co-financiados a 50% pelo FEDER - Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional e Fundo Social Europeu (FSE).

Entre os projectos dos três municípios estão o CICLOP 7 - Rede Clicável da Península de Setúbal, um projecto de 3,9 milhões de euros que prevê a construção de ciclovias e troços pedonais" entre os três concelhos do distrito de Setúbal e os rios Tejo e Sado, e o HUB10, com um investimento previsto de 2,4 milhões de euros, que pretende promover a península de Setúbal como área privilegiada de expansão da região metropolitana de Lisboa, através da melhoria da Estrada Nacional 10.

As três autarquias vão também apresentar candidaturas a financiamento comunitário para os projectos PRARRÁBIDA, com um custo estimado de 1,2 milhões de euros, que visa a Conservação, Valorização e Promoção do Património Histórico e Cultural da Arrábida e que, além dos três municípios, envolve também o Instituto para a Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) e a Associação de Municípios da Região de Setúbal (AMRS), e para o PRIA, Percursos em Rede na Inclusão Activa, orçado em 1,5 milhões de euros, que se propõe dar resposta às necessidades dos três municípios "para uma sociedade mais inclusiva e mais justa socialmente".

A vice-presidente da Câmara de Sesimbra, Felícia Costa, considerou que as parcerias intermunicipais "fazem parte de uma lógica de desenvolvimento regional, que tem tido excelentes resultados e que se materializa no Plano de Desenvolvimento da Península de Setúbal (PEDEPES)", documento que estabelece uma conjunto de linhas orientadoras para o desenvolvimento da região.

Para o presidente da Câmara de Palmela, Álvaro Amaro, estas parcerias intermunicipais "ganham escala não só ao nível do impacto das acções no território (considerando uma estratégia territorial alargada de intervenção), mas sobretudo ao nível da eficiência e da eficácia dos recursos humanos, físicos e financeiros a utilizar".

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