Polis Litoral Norte avança com modernização do portinho de Castelo de Neiva

Sociedade abriu concurso público para a empreitada, de 1,2 milhões de euros, e para a requalificação da mata nacional da Gelfa, em Caminha, num investimento de 305 mil euros.

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Intervenção no portinho de Castelo de Neiva é reclamada há muito HUGO DELGADO / PUBLICO

A sociedade Polis Litoral Norte abriu concurso público para duas empreitadas na zona costeira de Viana do Castelo e Caminha, no valor de mais 1,5 milhões de euros. Em causa está a modernização do portinho de pesca de Castelo do Neiva, em Viana do Castelo, orçada em mais de 1,2 milhões de euros e a requalificação da Mata Nacional da Gelfa, em Caminha, num investimento de 305 mil euros. As intervenções são financiadas por fundos do Programa Operacional Regional do Norte.

De acordo com o anúncio publicado esta quinta-feira, a intervenção no portinho de pesca de Castelo de Neiva, com um prazo de execução de 240 dias, "visa a melhoria do funcionamento da actividade piscatória", actualmente, "a funcionar de modo desorganizado". A pesca artesanal movimenta naquela freguesia cerca de uma centena de famílias. Operam naquele portinho 30 pequenas embarcações e cerca de 70 pescadores. A obra, há muito reclamada pela comunidade, inclui a "substituição dos armazéns de aprestos existentes por novas construções, devidamente infra-estruturadas, dispostas de modo a conferir melhores condições de trabalho para os pescadores".

O projecto prevê a construção de "uma oficina de reparação de embarcações, um posto de abastecimento de combustível para as embarcações, locais para a recolha selectiva de resíduos, um novo guincho na rampa de acesso, e o aumento e reorganização das zonas de trânsito e aparcamento das embarcações de pesca em terra". A intervenção vai ainda criar "uma área para manuseamento, lavagem e reparação das artes da pesca e beneficiar toda a rede de infra-estruturas básicas, estando também previstos trabalhos de recuperação da zona dunar, integrada na área de jurisdição portuária".

Em Caminha, a empreitada na mata nacional da Gelfa, com prazo de execução de 180 dias, prevê "a construção de um troço da futura ecovia do Litoral Norte, que permitirá a ligação ininterrupta, em canal pedonal e clicável, entre Moledo e o Forte do Cão, na Gelfa, ao longo de 7100 metros". "A obra contempla o atravessamento de áreas tão importantes do ponto de vista natural, patrimonial, cultural e económico, como seja as urbes de Moledo e Vila Praia de Âncora, os Fortes da Lagarteira e do Cão, a zona estuarina do rio Âncora, a Mata Nacional da Gelfa e a área dos rochedos de Santo Isidoro", lê-se naquele anúncio. A empreitada inclui "demolições, movimentos de terras, pavimentos e contenções, infra-estruturas e muros, mobiliário urbano e sinalização, fornecimento e aplicação de materiais vegetais".

A operação, explica a Polis Litoral Norte, tem como objectivo "a valorização, promoção ambiental e aumento do contacto da população com a orla costeira, a criação de um novo recurso turístico, com escala de atracção internacional, capaz de provocar um aumento da procura, e de dormidas, no território, de promover a valorização da excelência do património cultural e natural no contexto de estratégias regionais distintivas de desenvolvimento turístico". Aquele troço "integra o projecto global da Ecovia do Litoral Norte, que se desenvolverá entre Caminha e Esposende ao longo de cerca de 73 quilómetros".

Criada em 2009, a sociedade prevê obras de reabilitação numa faixa costeira de 50 quilómetros, integrando ainda as zonas estuarinas dos rios Minho, Coura, Âncora, Lima, Neiva e Cávado, numa extensão de, aproximadamente, 30 quilómetros. A área de intervenção totaliza cerca de cinco mil hectares e integra o Parque Natural do Litoral Norte.

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