Uma lição de videoarbitragem

Foi uma autêntica lição de “videoarbitragem” aquela a que se assistiu na final da Taça de Portugal, no Jamor, depois de tanta expectativa, misturada com alguma curiosidade, sobre a forma como a utilização da tecnologia que vai marcar a nova temporada do futebol português se comportaria.

Num jogo que até teve um par de lances discutíveis (algumas entradas violentas, alguns toques na bola com as mãos dentro das grandes áreas) em nenhuma circunstância o árbitro Hugo Miguel fez a sinalética de que necessitava de recorrer às imagens televisivas para tomar alguma decisão. Por outro lado, também nunca foi indicado que uma qualquer decisão da equipa de arbitragem tivesse sido motivada por indicação do videoárbitro (mais tarde veio a saber-se que houve dois lances em que o videoárbitro foi consultado). Ou seja, no final de uma partida “normal”, aconteceu o que os responsáveis da arbitragem nacional têm vindo a dizer. Só muito excepcionalmente o videoárbitro irá interferir nos jogos e isso só sucederá apenas quando as imagens permitam um juízo inequívoco.

Se fosse preciso encontrar algum mérito sobre a utilização do videoárbitro na final da Taça de Portugal, ele pode ser, precisamente esse. Deixou à vista de todos que esta tecnologia não fará com que os lances duvidosos desapareçam, nem será chamada “a dar a sua opinião” a toda a hora. Uma lição.

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