Não é um pássaro, nem é um avião. É Yannick Hanfmann que está a atravessar o quadro do torneio de Gstaad como uma seta, vindo do qualifying, derrotando pelo caminho jogadores como Feliciano Lopez (27.º) e, nesta sexta-feira, nos quartos-de-final, João Sousa (61.º), por 6-7 (10/12), 6-2, 6-2. Para o alemão de 25 anos, que há um ano se debatia para se manter no "top-500", está a ser um 2017 de sonho e já tem garantido um lugar entre os 150 melhores do mundo.

Um primeiro set sem break-points conduziu ao inevitável tie-break, que Sousa fechou na quarta oportunidade, depois de anular dois set-points. O inicio da segunda partida foi provavelmente a chave do encontro: Hanfmann começou a responder melhor e obteve o primeiro break do encontro, cedido com uma dupla-falta do vimaranense. Mais surpreendente foi o segundo break que deu ao alemão o ascendente no encontro. O terceiro set teve um início igual e apesar das tentativas de Sousa em recuperar, sofreu segunda quebra. O número um luso viria a dispor de um único break-point, ironicamente no derradeiro jogo, salvo por Hanfmann com um arriscado segundo serviço.

“Não consegui manter o nível de jogo nos segundo e terceiro sets. A verdade é que ele jogou muito bem, esteve muito agressivo durante todo o encontro. Mas foi uma semana positiva obviamente depois de não ter estado nos últimos meses tão bem como desejaria”, resumiu Sousa, que não vencia dois encontros consecutivos desde Março.

No terceiro quadro principal do ATP World Tour que disputa, Hanfmann vai estrear-se numas meias-finais, diante de Robin Hasse (50.º).

Na Finlândia, Pedro Sousa (156.º) está nas meias-finais do challenger de Tampere, depois de eliminar o cazaque Dmitry Popko (191.º), por 6-4, 6-1. João Domingues (195.º) vai também discutir a presença na final, no challenger de Praga, após vencer o austríaco Jurij Rodionov (806.º), por 6-4, 6-2.