Spieth vence The Open com recta final histórica

Eleva contagem nos majors para 3 e pode tornar-se o mais novo com Grand Slam de carreira

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Jordan Spieth com o Claret Jug em Royal Birkdale

Quando Jordan Spieth, na condição de líder, iniciou a última volta do British Open de forma desastrosa, tão errático do tee com o driver que logo com quatro buracos jogados já fizera 3 bogeys e perdera a vantagem de 3 pancadas que trazia de sábado sobre o compatriota Matt Kuchar, pensou-se que estaria iminente da parte dele um colapso competitivo, na mesma linha do que vivenciou no Masters de 2016. 

Com cinco buracos por jogar, estava um shot atrás de Kuchar, mas eis que a partir daqui abriu o livro acabando a última volta ao campo do Royal Birkdale Golf Club, em Southport, Inglaterra,  com uma série de birdie-eagle-birdie-birdie-par que ficará para a história da modalidade como uma das melhores de sempre, só ao alcance de um sobredotado como se sabe que ele é. 

Com um cartão final uma pancada abaixo do par-70, Spieth somou 268 (65-69-65-69), 12 abaixo do par, deixando Kuchar às mesmas três pancadas de distância dos 54 buracos. Depois das vitórias no Masters e no Open dos EUA, ambas em 2015, conquista o seu terceiro major e pode tornar-se, já no US PGA Championship, em Agosto, o mais novo de sempre a alcançar o Grand Slam de carreira, um feito que até hoje só foi conseguido por Tiger Woods, Jack Nicklaus, Gary Player, Ben Hogan e Gene Sarazen. 

“É incrível”, disse o n.º 3 no ranking mundial. “Este é um dos troféus mais ambicionados do mundo e o mais ambicionado no nosso desporto – e ser capaz de ter o meu nome nele e de já o ter visto é um sonho concretizado. Que honra incrível! O meu último objectivo agora é completar o Grand Slam de carreira.” 

Não sabe explicar bem como operou a reviravolta, mas atribui o seu começo ao bogey que fez no 13. Depois disso, quase fez um hole-in-one no 14; no 15, meteu um putt de 15 metros para eagle e um dos dois birdies seguintes foi com outro putt de 9 metros. “Eu estava desconfortável nos greens e de repente não conseguia falhar. Não sei como fiz hoje uma abaixo do par.” 

Para Matt Kuchar (65-71-66-69) – medalha de bronze na competição de golfe dos Jogos Olímpicos – foi a sua melhor classificação num major e o nono top-10 nos quatro maiores torneios do golfe. O terceiro classificado foi o chinês Haotong Li, que hoje se tornou no 32.º jogador a marcar 63 em majors, um dia depois de o sul-africano Branden Grace – que terminou no sexto lugar, empatado com o sueco Alex Noren, o australiano Marc Leishman, o inglês Matthew Southgate e  o norte-americano Brooks Koepka (vencedor em Junho do Open dos EUA), todos com 276 (-4)  – ter sido o primeiro a fazer 62. 

O norte-irlandês Rory McIlroy, campeão em 2014, e Rafa Cabrera-Bello partilharam o quarto lugar com 275 (-5). O campeão do ano passado, o sueco Henrik Stenson, terminou no 11.º lugar, com 277 (-3), empatado com o inglês Paul Casey e o norte-americano Chan Kim. 

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