O extremo Ricardo Quaresma afirmou nesta quinta-feira que o Euro2016 pode ser a sua última hipótese de vencer uma grande competição pela selecção portuguesa e descartou o papel de "arma secreta" da equipa. Em conferência de imprensa, na Cidade do Futebol, em Oeiras, o jogador do Besiktas garantiu que Portugal tem a "ambição" de conquistar o Europeu, mas afastou o estatuto de favorito.

"Temos uma equipa com ambição e vontade de ganhar. É nisso que estamos a trabalhar. Agora, favoritos não somos. Nós ainda não ganhámos títulos. Espanha, França e Alemanha sim. Não nos podemos comparar a essas equipas", disse Quaresma.

Com 32 anos, o extremo formado no Sporting considerou que a competição, que vai decorrer em França, pode ser o último Campeonato da Europa da sua carreira e expressou o desejo de abandonar a selecção nacional "pela porta grande". "Nós, jogadores mais velhos, temos na cabeça que esta pode ser a última oportunidade de conquistar algo. Vamos dar tudo para sair da selecção pela 'porta grande' e fazer algo que ainda ninguém conseguiu fazer", referiu.

Durante a fase de qualificação, Ricardo Quaresma foi determinante em alguns triunfos da selecção, com assistências para golo decisivos frente à Dinamarca (1-0), à Arménia (1-0) e à Albânia (1-0), depois de sair do banco, tendo alcançado o estatuto de "arma secreta" do seleccionador Fernando Santos.

"Não me sinto 'arma secreta' de nada nem de ninguém. É uma opção do treinador. Fico feliz por me dar a oportunidade de jogar", vincou.

Para Quaresma, o particular com a Noruega, agendado para domingo, no Estádio do Dragão, vai ser muito importante para a preparação e, sobretudo, para a condição física dos jogadores.