Qualquer semelhança com jogos anteriores é pura coincidência

Benfica e V. Guimarães disputam a final da Taça, quatro anos depois de os vimaranenses, com Rui Vitória no comando técnico, vencerem o troféu. Há duas semanas, emblema da Luz goleou para celebrar o título

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os festejos do Vitória na única vez em que o clube conquistou a Taça de Portugal Enric Vives-Rubio

O passado recente mostra uma superioridade esmagadora do Benfica nos duelos com o V. Guimarães, mas na única ocasião em que os dois emblemas se encontraram na final da Taça de Portugal, há quatro anos, os vimaranenses venceram (2-1). Com Rui Vitória no comando técnico, os minhotos deram a volta ao resultado com dois golos na recta final da partida, impondo uma terceira desilusão aos “encarnados”, que já tinham visto fugir o campeonato e a Liga Europa. Mas, sublinharam os dois treinadores, o passado não terá qualquer influência na partida desta tarde (17h15, RTP1), que decidirá o vencedor da 77.ª edição da Taça de Portugal.

Os três encontros entre as duas equipas esta época saldaram-se por três triunfos do Benfica (nove golos marcados pelos “encarnados” e zero sofridos). A partida mais recente, há duas semanas, terminou com uma goleada por 5-0 e permitiu à equipa de Rui Vitória celebrar a conquista do título de campeã nacional. Mas o treinador do Benfica descartou qualquer relação entre esse jogo e a final desta tarde: “Há uma envolvência diferente, nada do que fizemos nos traz vantagem. A nossa trajectória ao longo do campeonato dá-nos a confiança de quem foi campeão e ganhou um conjunto largo de jogos. Mas o favoritismo e o mérito está dividido pelas duas equipas.”

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“Nós nunca nos conformamos, queremos sempre ganhar mais e temos essa oportunidade na Taça, mas sabemos que o V. Guimarães é uma excelente equipa. Espero um jogo muito disputado e dividido”, previu Rui Vitória, sem esclarecer se Jiménez será o parceiro de Jonas no ataque: “Até podia dizer já a equipa, mas como nunca o fiz ao longo da época, não vou fazê-lo agora”.

O técnico “encarnado” voltou a questionar o timing da utilização do videoárbitro no final da Taça de Portugal, o primeiro jogo do futebol português a contar com a tecnologia em pleno funcionamento. “Sou a favor de tudo o que seja para beneficiar o jogo, os jogadores, os árbitros, o espectáculo. A Federação decidiu, está decidido. Vão ter a nossa máxima colaboração para que tudo corra bem. Só falei do timing: fizeram-se uma série de experiências em semi-live. Este vai ser o primeiro jogo com tudo a funcionar. Se fosse possível, poder-se-ia ter feito alguma experiência há oito dias, num dos jogos já sem influência na classificação [da I Liga]? Mas está decidido, vamos embora. Não há receios, não há dúvidas”, garantiu.

Vindo da melhor classificação em nove anos, um quarto lugar, o V. Guimarães quer terminar a época com uma alegria aos adeptos, disse o treinador Pedro Martins: “A conquista de 2013 foi um marco histórico. Foi uma conquista da Taça de Portugal e este ano também a queremos. Tínhamos o compromisso de colocar o V. Guimarães no lugar em que merece estar e isso foi conseguido. A nossa responsabilidade hoje é superior ao que era há quatro anos. Nós elevámos a fasquia.”

Quanto à goleada sofrida na Luz há duas semanas, o técnico vimaranense considerou que a sua equipa não se apresentou como é costume. “Não fomos o V. Guimarães que costumamos ser. Passado esse jogo no campeonato, todos os pontos foram trabalhados e este jogo será completamente diferente. As bancadas vão estar 50/50 e isso faz toda a diferença. Sabemos que o nosso menor erro pode ser prejudicial. Temos de apresentar um grande controlo emocional”, frisou.

“Estar aqui é sempre um sonho”, sublinhou Pedro Martins, que se estreará no Jamor enquanto técnico – a única ocasião em que disputou a final da Taça de Portugal, em 1996, enquanto futebolista do Sporting, foi na partida marcada pelo lançamento do very-light que matou um adepto “leonino”.

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