Pela primeira vez, Bruno de Carvalho é o candidato da continuidade

Actual presidente “leonino” apresentou a sua candidatura e mostra-se disponível para debater com Madeira Rodrigues.

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LUSA/ANTÓNIO PEDRO SANTOS

Pela terceira vez, Bruno de Carvalho vai enfrentar um acto eleitoral no Sporting, mas o sufrágio que vai ocorrer a 4 de Março próximo vai ser uma estreia para o dirigente. Depois de se ter apresentado como a opção de ruptura face a gestões anteriores, Bruno de Carvalho apresenta-se pela primeira vez como o candidato da continuidade depois de um primeiro mandato de quatro anos como presidente “leonino”. Nesta sexta-feira, perante um auditório Artur Agostinho, em Alvalade, repleto de apoiantes, de um antigo presidente (Sousa Cintra) a elementos das claques organizadas, Bruno de Carvalho repetiu o seu discurso habitual do antes e do agora. Antes de 2013, era um “pesadelo”, agora é o “rumo certo”.

Num discurso com cerca de meia hora e frequentemente interrompido para aplausos vindos da plateia, Bruno de Carvalho recordou o que encontrou no Sporting depois de ter sucedido a Godinho Lopes, em 2013. “O Sporting estava sem dinheiro para salários e a sua credibilidade andava pelas ruas da amargura”, resumiu o presidente-candidato, reforçando o orgulho que sente no que conseguiu fazer em quatro anos, mas entregando aos sócios “leoninos” a responsabilidade de avaliarem nas urnas o seu trabalho: “Passados quatro anos, o Sporting está no rumo certo. É tempo de prestar contas e compete aos sócios avaliar o trabalho realizado.”

Como lhe competia, Bruno de Carvalho defendeu as suas propostas, qua já antes apresentara num documento com 111 medidas para mais um mandato, contra as do candidato opositor, Pedro Madeira Rodrigues, apostando no que considera ser “uma equipa sólida, competente e com provas dadas”, porque “não há tempo para experiências e amadorismos”. “2013 já parece muito distante, mas nós sabemos o que encontrámos e o que custou inverter o rumo”, reforçou, congratulando-se por ter do seu lado gente que antes estava em listas concorrentes.

Reconhecendo que a equipa de futebol está a ter uma época abaixo das previsões, Bruno de Carvalho diz que a frustração acaba por ser um sinal de que as expectativas dos adeptos subiram nos últimos quatro anos. “Este sentimento de desalento é positivo, porque o desalento crónico deu lugar à crença e à ambição. A resignação acabou e isso é uma enorme reconquista”, disse o presidente “leonino”. “A nossa lista ao conselho leonino é agregadora e transversal, com alguns bastante críticos que não hesitaram em confiar em nós”, reforçou.

Bruno de Carvalho mostrou-se ainda disponível para debates durante a campanha depois do repto lançado por Pedro Madeira Rodrigues através de uma nota de imprensa: “Estamos disponíveis para fazer um debate. Não vi nota de impressa de nenhum lado da barricada, mas garantidamente que esse debate será feito.”

Composição da lista

Conselho directivo

Presidente Bruno de Carvalho
Vice-Presidentes
José Vicente Moura (Modalidades)
Carlos Vieira (Financeiro/Administrativo/Património)
António Rebelo (Sócios/Expansão/Núcleos/ Comercial e Marketing)
Vogais
Rui Caeiro (Modalidades)
Bruno Mascarenhas (Núcleos)
José Quintela (Comunicação)
Alexandre Godinho (Património)
Luís Roque (Expansão)
Luís Gestas (Modalidades)
Luís Loureiro (Comunicação)

Mesa da Assembleia Geral

Presidente Jaime Marta Soares
Vice-Presidente Eduarda Proença de Carvalho
Secretários Miguel de Castro, Luís Pereira, Tiago Abade Suplente

Conselho Fiscal e Disciplinar

Presidente Nuno Silvério Marques
Vice-Presidente Óscar Figueiredo
Vogais Vicente Caldeira Pires, Vítor Vale, Miguel Fernandes, Jorge Gaspar, Fernando Carvalho 

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