Estoril Open, a residência espanhola

Nicolás Almagro e Pablo Carreño Busta vão discutir o título do maior torneio português.

Foto
Millenium Estoril Open

O ténis espanhol já pode reservar o espaço dedicado ao vencedor da edição de 2016 do Millennium Estoril Open. Graças às excelentes performances de Pablo Carreño Busta e Nicolás Almagro nas meias-finais, é certo que o título vai ficar na Península Ibérica, contra os prognósticos que têm unicamente por base o ranking dos candidatos.

Carreño Busta chegou a Portugal na qualidade de oitavo cabeça de série deste ATP250 e não foi propriamente bafejado pela sorte. Primeiro mediu forças com o compatriota Fernando Verdasco, depois saiu-lhe ao caminho o primeiro pré-desigado da competição, Gilles Simon, e neste sábado teve pela frente o terceiro mais cotado no Estoril. Um a um, o tenista de Gijón foi abatendo os favoritos e, nas meias-finais, apontou a porta de saída a Benoît Paire, com um duplo 6-3.

Com o público do seu lado, Carreño Busta, que ocupa a 50.ª posição do ranking, contrariou o favoritismo do francês e impôs-se em 1h14m, ao concretizar o terceiro match-point de que dispôs.

“As condições estavam muito complicadas, estava muito vento, não era fácil jogar e notou-se que a qualidade do jogo não foi tão boa”, avaliou o espanhol, que revelou optimismo para a final. “Vou dar tudo para tentar ganhar o meu primeiro título. Estou a jogar bem e creio que tenho possibilidades. Se chego a uma final, tenho sempre possibilidade”, acrescentou.

À terceira foi de vez para o asturiano, que após ser eliminado por duas vezes nas meias-finais (2013 e 2015) chega finalmente ao encontro decisivo do único torneio ATP disputado em Portugal. Carreño Busta até entrou mal no encontro, ao ser quebrado nos primeiros jogos de serviço, mas depois alimentou-se da irregularidade de Paire para ir ganhando confiança e virar as operações a seu favor.

“Ele foi melhor e estava também muito vento. Não estava fácil de se jogar. Parabéns para ele e boa sorte para a final”, resumiu Benoît Paire, salientando que o que mais importa é jogar bem nos ATP 500, nos Master 1000 e nos Grand Slams. 

Para não ficar atrás do compatriota, Nicolás Almagro também puxou dos galões frente ao segundo tenista mais cotado do torneio, na outra meia-final do dia. O único semifinalista sem estatuto de cabeça de série impôs-se a Nick Kyrgios por 6-3, 7-5, em 1h14m, impedindo desta forma que o australiano repetisse a presença no encontro do título.
“Foi um jogo difícil. Joguei contra um dos melhores jogadores do torneio. Tentei manter-me concentrado e estou muito feliz. Jogar contra o Nick é muito difícil. Ele é muito bom jogador, com muito talento”, salientou Almagro, revelando que a estratégia utilizada passava por colocar as bolas em profundidade e manter a concentração.

Quanto a Nick Kyrgios, lamentou o vento que se fez sentir no Clube de Ténis do Estoril, deu os parabéns ao adversário — que conquistou pela última vez um título em 2012, na terra batida de Nice — e abriu as portas a um regresso a Portugal. “Provavelmente vou estar cá no próximo ano. Este é um dos meus torneios preferidos em terra batida”, assinalou.

A outra final do dia, marcada para as 13h30, vai colocar em lados opostos do court uma dupla polaca e outra norte-americana, a primeira e a quarta cabeças de série. Lukasz Kubot e Marcin Matkowski derrotaram os croatas Borna Coric e Franko Skugor (6-0, 6-2), em apenas 51 minutos, enquanto Eric Butorac e Scott Lipsky tiveram de sofrer bem mais para superarem o filipino-americano Treat Huey e o bielorrusso Max Mirnyi, por 6-4, 7-5, em 1h14m.

Sugerir correcção
Comentar