José Mourinho quer prolongar a “longa viagem” do Manchester United

Red devils” e Ajax partem com vantagens confortáveis para a segunda mão das meias-finais da Liga Europa

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Jogadores do Manchester United bem dispostos no treino da equipa antes do embate de hoje, contra o Celta de Vigo NIGEL RODDIS/EPA

Com vitórias em todos os jogos europeus realizados nesta época em Old Trafford, sem nenhuma derrota em provas da UEFA desde Março de 2013 e com um importante triunfo por 1-0 na primeira mão, disputada em Vigo, o Manchester United de José Mourinho entrará nesta quinta-feira (20h05, SIC) como favorito para garantir o apuramento para a final da Liga Europa. O treinador português alertou nesta quarta-feira, no entanto, para os perigos do Celta, mas quer “fechar o círculo” e tornar o United no “único clube que ganhou todas as competições da UEFA”. Na outra meia-final, disputada à mesma hora, o Lyon terá de recuperar de uma pesada desvantagem (1-4) frente à jovem equipa do Ajax para apurar-se para a final de Estocolmo.

Abril foi, segundo José Mourinho, “um mês terrível” e o treinador português teve que preparar nas últimas seis semanas 17 jogos com um plantel reduzido a 16 jogadores. Mas apesar de esta estar a ser uma “longa viagem” para o Manchester United, Mourinho quer prolongá-la até Estocolmo, cidade sueca que, a 24 de Maio, será o palco da final da Liga Europa, o único troféu que os “red devils” nunca venceram. “Não estou a pensar em mim. Estou a pensar no clube e nos jogadores. Para o clube é muito importante estar numa final europeia e lutar pelo único troféu que ainda lhe falta. Tem sido uma longa viagem, mas vamos lutar muito para conseguirmos este objectivo”, afirmou ontem o treinador português na antevisão da segunda mão da meia-final da Liga Europa.

Apesar de o United nunca ter perdido uma eliminatória europeia depois de vencer fora de casa na primeira mão, Mourinho procurou alertar para os perigos do rival na antevisão do jogo — “sei que para eles, será o jogo mais importante da vida” —, e o Celta esta época já conseguiu afastar um treinador português após perder na primeira mão por 0-1 em Vigo: nos 16 avos-de-final, os galegos anularam a desvantagem contra o Shakhtar, de Paulo Fonseca, vencendo na Ucrânia, por 2-0.

A juventude do Ajax

Na outra eliminatória, o Lyon terá que marcar, pelo menos, três golos para afastar o Ajax. Apesar do triunfo dos holandeses em Amesterdão, por 4-1, a equipa do guarda-redes português Anthony Lopes tem a seu favor um registo de respeito no Stade de Lyon — os franceses marcaram 13 golos nos três jogos que disputaram em casa na fase a eliminar desta Liga Europa — e contam com o importante regresso de Alexandre Lacazette.

Devido a problemas físicos, o internacional francês apenas foi utilizado nos últimos 20 minutos da partida da primeira mão, mas nesta quinta-feira será uma das apostas de Bruno Génésio. Sobre as possibilidades da sua equipa, o técnico mostrou-se confiante — “somos capazes de marcar muitos golos quando jogamos no nosso estádio” — e depositou alguma esperança na inexperiência do rival.

A juventude da formação holandesa foi também motivo de conversa entre os jornalistas e Peter Bosz, treinador do Ajax. A equipa de Amesterdão acabou o jogo da primeira mão com uma média de idades inferior a 22 anos e Bosz, que não venceu fora nos últimos cinco jogos das competições europeias, admitiu que os seus jogadores retraem-se quando jogam fora: “Vamos ter de aprender rapidamente a fazermos o nosso jogo igualmente quando actuamos fora de portas. Há uma diferença quando 60 mil adeptos estão a puxar por nós, ou quando nos estão a assobiar. Quando estão contra nós, há que aprender a usar isso como motivação.”

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