Mourinho ganha vantagem rumo a Estocolmo

Golo de Rashford decidiu primeira mão das meias-finais na noite calma dos Balaídos.

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Miguel Vida/Reuters

O Manchester United conquistou esta quinta-feira, em Vigo, uma importante vantagem na primeira mão da meia-final da Liga Europa, ao bater o Celta, por 1-0, com um golo solitário de Rashford, aos 67', num jogo que os ingleses controlaram sem problemas e em que poderiam até ter vincado de forma irreversível a superioridade dos homens de José Mourinho se a eficácia de Lingard e companhia não tivesse sido um problema quase intransponível.

Eduardo Berizzo tentou intimidar o Manchester de Mourinho com uma declaração destemida, afirmando que apenas sendo fiel ao futebol atrevido do Celta poderia superar um adversário como os "red devils".

Em segredo, o argentino preparou uma estratégia bem diferente, mais tímida, cautelosa e até submissa. Desta abordagem resultou um natural domínio dos ingleses, que assim tiveram tempo para se identificarem com o ambiente dos Balaídos, preparando um jogo controlado, que só Daniel Wass ameaçou perturbar com um cabeceamento que poderia ter dado vantagem aos galegos com apenas 11 minutos disputados.

A partir daí, apesar da insistência de Sisto e das tentativas de Aspas, os únicos problemas levantados pelos espanhóis resultaram de lances de bola parada, a expor as cicatrizes da defesa do United.

Com Pogba mais adiantado do que seria de esperar, o Manchester foi apalpando terreno, espreitando o golo que só o deslumbramento de Lingard e três superiores intervenções de Sergio Álvarez impediram nos primeiros 45 minutos.

Rashford, Lingard e Mkhitaryan concediam o indulto de que o Celta precisava para não se afundar rápida e irremediavelmente num tapete movediço.

O Celta ainda tentou contrariar o destino, surgindo com uma disposição ligeiramente mais pressionante no início da segunda parte, mas nem Aspas, nem Sisto fizeram jus à fama que os precede, acabando por deixar escapar por entre os dedos a possibilidade de tirar o Manchester da zona de conforto, forçando um jogo mais propenso ao erro, equívoco que acabou por trair o melhor dos "celestes" num livre de Rashford.

Depois de ganhar uma falta à entrada da área, quando ameaçava romper para a baliza, lance desautorizado por Mallo, o próprio Rashford encarregar-se-ia de transformar a primeira ocasião inglesa da segunda parte no golo que cavava um enorme fosso entre Vigo e Estocolmo.

Mourinho começava então a preparar a segunda mão, tirando Mkhitaryan e Rashford da equação, um pouco profilaticamente. A onda de lesões que abalou o Manchester United merecia toda a atenção do treinador português, que tem ainda um cartão amarelo a Fellaini para gerir se quiser salvaguardar o belga para a tão desejada final da Liga Europa.

Lingard, o grande esbanjador, teve ainda uma situação flagrante para dar outra cor à vantagem do Manchester, mas a noite dos Balaídos estava resolvida com a viagem para a Suécia bem encaminhada.

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