FIA confirma introdução de protecção para a cabeça dos pilotos em 2018

Segurança na Fórmula 1 obrigará à introdução de novas alterações nos monolugares.

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Andrew Boyers/Reuters

A Federação Internacional do Automóvel (FIA) anunciou esta quarta-feira a introdução, com efeitos práticos já a partir da próxima temporada de 2018, do halo como solução para protecção do cockpit dos monolugares de Fórmula 1. O grupo estratégico de F1 esteve reunido para discutir alguns dos temas da actualidade da modalidade, contando, pela primeira vez, com a presença de todas as equipas que competem no Mundial, impondo o halo, apesar da posição desfavorável das equipas.

Depois dos testes levados a cabo pelos Ferrari nos primeiros treinos livres do Grande Prémio da Grã-Bretanha, em Silverstone (com o objectivo de recolher as impressões dos pilotos nesta fase de desenvolvimento), do mais recente sistema de segurança – uma peça de policarbonato em forma de escudo – pensado para aplicar como uma espécie de viseira no cockpit, a FIA avança em definitivo com a anterior proposta do halo, independentemente de estarem previstos para o início de Setembro, durante o Grande Prémio de Itália, 13.ª prova do Mundial, agendado para Monza, mais testes, já de uma forma menos exclusiva.

A protecção frontal do cockpit conheceu diferentes fases, com avanços e recuos, defensores e críticos. Mas depois de em Julho de 2016 ter sido obtida a luz verde por parte do grupo estratégico à introdução extra de uma protecção frontal, a FIA vem agora ratificar o halo.

Até lá serão aperfeiçoadas certas características respeitantes ao desenho e ergonomia do escudo pensado para proteger os pilotos, sujeitos ao impacto na zona da cabeça de objectos projectados por outros bólides.

Nos últimos cinco anos foram testados diferentes soluções, sendo claro para a FIA que o halo oferece os melhores resultados em termos de segurança, mesmo que limite o campo de visão dos pilotos, cuja resistência continua a fazer-se sentir.

Para além do halo foram discutidas questões relacionadas com a sustentação financeira da Fórmula 1. Numa altura em que a Ferrari acaba de propor um novo contrato-recorde ao tetracampeão mundial Sebastian Vettel, o controlo de custos volta à ordem do dia. A sensibilidade a este respeito é de que existe um apoio generalizado tanto ao apelo à contenção quanto às alterações sugeridas por um grupo de trabalho que desafia a FIA e as equipas a apresentarem ideias inovadoras a este respeito, de forma a que a modalidade garanta a continuidade sem riscos de crise económica.

Com a época marcada por inúmeras alterações a pensar no espectáculo, com bólides mais agressivos, rápidos e exigentes do ponto de vista físico para os pilotos, há ainda espaço para acrescentar novas medidas de âmbito desportivo tendentes a melhorar as corridas e a conferir uma maior espectacularidade, existindo estudos que em breve serão apresentados e discutidos.

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